4.8
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Já beirava um período de 4 anos que eu não frequentava o Gigante da Beira Rio, fruto duma soma dentre minha mudança pra serra e o desalento para com os sucessivos times ruins que colocávamos em campo, quando meu guri do meio, que eu fiz um Colorado doente até hoje, pedia-me muito para conhecer o estádio. Era década de 1990; ele tinha entre 8 e 9 anos e uma vontade absurda de, enfim, vivenciar da casa que hoje frequenta mesmo sem mim quase que em todas as partidas do Colorado.

Eu não recordo se foi o período que eu andava só de moto ou se já tinha o Fuca branco, mas a verdade é que com nenhum dos dois era possível tomar a direção de Porto Alegre. Foi aí que o amigo Chico, que fiz lá por aquelas bandas, colocou novamente à disposição seu Lada Laika (já havia o feito para irmos na pré temporada em Canela ou Gramado meses antes) e lá fomos nós: o Chico, Eu, meu Guri, o primo Maicon, o Mário e o Maurão – outros bons amigos que fiz naquela estada. De fato éramos em 6 num carro que mal cabiam 5; todavia, como falo com regularidade por aqui, os tempos eram outros…

Era um domingo, de agosto, que ainda me parece o dia mais certo para o futebol. Domingo para o trabalhador é aquele dia de desencanto em pensar que horas depois já é uma segunda-feira. Aí vem o futebol e, ao menos, conforta um pouco a vida do peão. Para tanto, o quem inventou futebol em sábado é e sempre foi um desocupado. O adversário eu confesso que não me recordo ao certo, mas era daqueles timezinhos que o Inter adorava empatar em casa. Por sorte, e sempre a tive no Beira Rio, vencemos com uma goleada simbólica de 1×0. Na volta, todos felizes, ainda paramos para comer um cachorro-quente (prensado pois diferente disso é salsicha com entulho no pão) no velho Rei do Xis que penso nem existir mais.

Mas a verdade é que muito além da partida, do resultado, do desempenho (mediano como o time da época), de como fomos ou voltamos, onde paramos – foi a felicidade de ver o meu filho quem sabe no momento mais feliz de sua existência até ali, só por estar no Beira Rio pela primeira vez vendo o Internacional. Mesmo sendo eu – quem sabe, o rei das histórias – se perguntar para ele sobre aquele dia, vai vir aqui e contar com riqueza de detalhes pois, excetuado o dia que nasceu seu filho e talvez dos títulos que viu o Internacional vencer no velho Gigante, aquele foi um dos dias mais jubilosos da sua vida…

O primeiro…

O primeiro com o Sport Club Internacional no Estádio José Pinheiro Borda. E ali, num pequeno instante admirando a sua admiração olhando para os jogadores em campo, sentado no cimento quente e comendo salgadinho e tirando amendoim da casca, dei-me conta que o amor, ele pode ter diversas nuances e se manifestar de tantas maneiras e formas que, para o meu Guri, não era somente paixão pelo Sport Club Internacional e sim amor mesmo. Um amor incondicional que perdura até hoje e vai consigo até o fim. E eu sei que vai pois comigo a história é a mesma: até o fim!

Hoje, 04 de abril de 2024, este ser que nos impõe o tal amor incondicional completa 115 anos de vida e de glórias eternas. Parabéns, meu – teu – nosso Sport Club Internacional. Seguiremos juntos até o fim!

Lembrei agora da música da Camisa 12 que ele decorou e voltou cantando com emoção: “eu TE AMO, INTERNACIONAL… encanta o mar vermelho Colorado, joga bonito, dá show de bola…”

É isso… até o fim!

 

CURTAS                                                                              

– Eduardo Coudet parece um tanto quanto acuado e, com isso, experimentando inutilidades e insistindo em inúteis;

– Que bolinha de sagu na nossa estreia na Sula;

– A fila dos que se perderam numa encruzilhada que já tinha Alan Patrick e Wanderson, agora ganhou a companhia dedicada de Maurício;

– Mas, nem tudo está perdido: Fernando (que tem que ser volante), Maia (que ainda vai mostrar mais a que veio) e o garoto Gustavo Prado (que vai colocar o bigode de carroceiro no banco) amenizaram um pouco do desgaste de olhar aquela pelada;

– Sobre a nova camisa e os possíveis insucessos desde o seu lançamento, bobagem. Mesmo ainda não tendo me acostumado com aquele branco todo, o problema tá na bolinha de sagu da turma mesmo;

– Outra bobagem é achar que a queda de desempenho se dera por afastamento deste ou daquele. Vestiário não é confraria e não se ganha alguma coisa só com parceria e amizade;

– O “Presi” tem que dar mais as caras. Até para nos poupar das entrevistas com o Magrão, que fala, fala e nada diz.

 

PERGUNTINHA

Qual a tua maior felicidade com o Internacional?

 

Logo a coisa engrena de novo e seguiremos nossa jornada, Colorados. Até o fim!

PACHECO

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