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Melhor jogador: A TORCIDA (Foto Ricardo Duarte / INTER)

Não sei vocês, mas eu não consigo montar um time que possa ser cravado como “titular” no INTER. De tanto se falar em poupar ou não poupar atletas titulares nos jogos da Copa do Brasil (vulgo CoBra) para ter mais força nos jogos que decidem se jogamos em 2017 a série A ou série tricolor no Campeonato Brasileiro (codinome Cabra), não consigo cravar um time titular. É muito mais fácil “desescalar” uma dentre tantas nabas do que cravar o nome do dono da vaga.

Claro! Obviamente, Danilo Fernandes e Vitinho são Hors Concours… Sem o trabalho dos dois até agora já estaríamos matematicamente rebaixados. Beleza! Dois titulares. William é um monstro na lateral e o Ceara, quem diria (eu que não) está ajudando a compor melhor o time. Ótimo! Mais doi… opa! Quero dizer, um e meio já que Celsão acha melhor por o William no meio e deixar o Seijas no Banco pra escalar o Alex – Sim, é confuso mesmo! Então surge uma vaga na lateral para o menino Geferson nos deixar na mão, como de costume. Zagueiro… Algum? Juntando todos não formamos uma unha do Figueroa ou do Gamarra! Sem contar que essa vida de pontuação negativa, ladeira abaixo, boa parte se deve a ajuda do nosso “atacante zagueiro-zagueiro”  Paulão. Pra salvar, no meio temos Rodrigo Dourado que, parece, finalmente voltou das olimpíadas. E acabou! Temos um goleiro, um atacante, um lateral e meio, um volante… cinco atletas. Desconsiderando o escanteado Seijas, O resto é “compõe grupo” – independente de quanto custem.

Isso posto, vamos um pouco mais adiante. Mas, não sem antes contar uma história: no bar um amigo nosso está tomando cerveja e conversando, uma happy hour. Ele é casado. Porém, a medida que os goles vão se somando a lembrança do matrimônio vai diminuindo, assim como o senso de que a maioria conhece tanto ele quanto a sua esposa – que não estava com ele naquela hora. Nisso, entra uma mulher lindíssima usando um decote tentador e uma roupa que realça as suas curvas. Ela estava mais linda ainda pelo brilho que só o álcool é capaz de dar e que corre em seu sangue fazendo mais doce o gosto da sedução. Ele olha para a aliança antes de pegar o copo e beber mais um gole de cerveja. Percebe que a mulher o observa e ele retribui o olhar com um sorriso no rosto e uma ideia na cabeça… “Será?”

E é mais ou menos isso… Vem a semifinal da Copa do Brasil sentar em nosso colo com seu grande decote e roupas sensuais fazendo com que se esqueça de focar o casamento: ficar na série A!

Não importa se a gente se classificar ou não para a final. Tem menos relevância ainda quem passa no outro lado para a final. Não significa nada além de corneta o jejum de títulos gremistas. Quem preza mais isso do que nossa história e nossa hegemonia na série A precisa rever seus conceitos. São poucos clubes no mundo, MUITO poucos mesmo, que nunca tiveram descenso.

Não acho que seja exagero buscar as duas coisas. Até acredito que o INTER venceria a CoBra se chegasse para jogar a final. Contudo, depois de desperdiçar a chance de vencer o lanterna do campeonato por pura soberba não vejo muita margem para desviarmos a nossa atenção. A menos que você já tenha sofrido uma febre por esforço muscular ou participado de um campeonato a nível nacional ou, ainda, tenha de ter enfrentado uma rotina de treinos diários por alguns anos, não tem propriedade para dizer que pode ser posta a mesma entrega pelos mesmos atletas e obter em ambos um desempenho de alta performance. Não tem como, tanto por foco mental quanto por condição física e, mais recentemente, por condições técnicas. Então, se é para priorizar alguma coisa a nossa esquadra tem de focar no Campeonato Brasileiro, pois eles fizeram o favor de se colocar sob pressão: menos de 3 vitórias em 5 jogos pode significar ter de jogar as terças ano que vem.

Que São Fernandão nos proteja!

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