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Veja-se que o bom dos últimos jogos do Internacional, desde aquela jornada indecorosa na Venezuela, é que já estamos criando (mais uma vez) uma capacidade mental de combate à desilusão. A verdade é que eu já não esperava muito do último jogo e espero ainda menos deste de hoje. O defeito na nossa relação de causa e efeito para com a ingrata missão de ser torcedor Colorado, contudo, é que mesmo esperando pouco ou quase nada duma partida, os jogadores do Internacional, ainda assim, conseguem tirar qualquer um do sério; mesmo até os torcedores mais otimistas e crédulos.

O que deveria ser uma frase de impacto para fechar esse post, antecipo ao começo: gostaria que os jogadores do Internacional, deste grupo atual, tivessem ao menos metade do brio que tem os do River Plate; sem jogadores no banco, com jogador de linha lesionado no gol. Tudo bem, culpa da própria instituição que optou por inscrever jogadores a menos, mas os que entraram em campo, ontem, pouco se importaram com isso. Tudo bem, o adversário também deu uma força e tanto quando optou por morcegar o jogo inteiro, mas os jogadores que entraram em campo, ontem, pouco se importaram com isso: fizeram os gols necessários e criaram as melhores chances. Não se vitimizaram. Ficaram de pé até o último minuto.

Nem sempre a capacidade técnica de um jogador é suficiente para assegurar um título. Ajuda e muito, é bem verdade, mas não é (nunca foi ou será) o futebol uma ciência exata. Disse na última live do BV e agora repito: quem nasceu para ser Edenilson nunca será um Wellington Monteiro. Queremos ganhar alguma coisa? Comecem por agradecer ao Edenilson por nada e mandem seguir seu rumo em outro lugar. Não será aqui, essa é a realidade, que levantará uma taça como protagonista. Fica parecendo marcação minha, mas já vi muito goleiro mais vencedor indo pro banco do Inter sem motivo efetivo e incontestável. Poxa, Pato Abondanzieri nos salvou no grito. Manter o goleiro atual de titular não é um desrespeito com o torcedor que ora acompanha esse time sem brio e vergonha na cara, sem deixar de apoiar – todavia, mas desrespeitar a nossa própria história forjada nas luvas de Alisson, Clemer, André, Fernández, Taffarel, Benitez, Manga… Até mesmo de Renan e Lauro.

Por tudo isso e muito mais é que espero pouco de hoje. Conseguimos arrumar um problema na competição sozinhos, entregando um jogo ganhável. Agora o adversário que municiamos tomou gosto pela coisa, venceu horas atrás com uma sonora goleada e pode jogar por um empate amigo com o nosso adversário de hoje na semana que vem: basta perdermos esta noite. É incrível o desrespeito que se tem ao que representa a camisa alvirrubra. Aliás, como estes dias atuais lembram boa parte daqueles da década de 1990; com uma diferença, todavia: naquela época contratávamos jogadores ruins pagando pouco dinheiro. Agora fazemos o mesmo a peso de ouro. E antes do fim e que digam que não dediquei uma linha sequer ao treinador, sim, ele também é culpado do que está acontecendo. Mas é bem menos culpado que alguns que estão aí enganando há 4 anos ou mais, fomentadores da zona de conforto. Porém, na segunda-feira tudo pode mudar com MAR ganhando status de principal vilão, afinal, é mais fácil arrebentar a corda no lado mais fraco.

Em suma, não há como sair do zero na expectativa para hoje. Mesmo assim, estarei assistindo ao jogo, sofrendo, irritando-me, lamentando muita coisa, com aquela esperança que teima em seguir viva; afinal, Colorado cisma e não desiste nunca do seu time.

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