4.9
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Feriado pra este que vos escreve é tipo dançar com a irmã: sem qualquer fundamento. Gosto também de usar o chuchu neste comparativo. O chuchu e suas vitaminas ABC (água, bagaço e casca) ainda reúne defensores espalhados por aí. Incrível. Mas, se aceitam um conselho e sequer me julgo importante, assim, para espalhá-los por aí, desconfiem de pessoas que realmente gostam de chuchu. Inclusive do caráter, data máxima vênia, como diz um advogado antigo que conheço.

Ou seja, feriado não tem sentido para quem é aposentado, é ver o mundo, que já esta de regra parado, meio que morrer para nascer de novo no dia seguinte. Qual o sentido da quinta-feira quando o feriado é na quarta? É quinta ou uma versão escabrosa duma segunda-feira estendida?

Em suma, que angústia!

Isso vale, também, para o meio de semana sem assistir os heróis do Internacional em campo. Parada dura, aliás, definir o que é mais desgraçante (não sei se existe essa palavra) à mente: se tiver ou não jogo do Colorado para assistir. Mas tal qual feriado para aposentado, troço sem nenhuma lógica é ver o time que te eliminou ser eliminado ao natural na rodada seguinte. Não vi, sei do resultado mas, a rigor, não quero saber. Pelo simples motivo: não vai nem corar de vergonha a face dos nossos jogadores, treinador, dirigentes e etc. Simples assim, fazem de conta que nada aconteceu. Vergonha alheia é só a nossa.

Do mesmo modo, de que nos adianta criar agora um universo de interrogações? Já escrevi por aqui do que penso sobre o nosso goleiro. Vai sair do time? Só se criarem uma lesão. Pelas falhas é que não vai; ora, se não saiu até agora por isso… Então, qual o sentido ficar criando teorias e especulando nomes de goleiros para 2023 neste momento?

Por falar nisso, vamos viver isso mesmo, o momento. Não seremos tetra ainda desta vez, penso eu. Mas enquanto a possibilidade existir, vamos nos enganando com a esperança. Quer coisa melhor que sonhar com a morena mais bela mesmo sabendo que jamais estará nos teus braços? Ora, se é verdade que toda esperança é burra, ainda é melhor ter ela do que viver em solidão. Afora que sonhar não custa nada.

Vamos, pois, nos deleitar torcedor Colorado!

Chega de tantas perguntas. Abaixo aos questionamentos! Viva o momento e faça do futebol aquilo que dele foi feito: entretenimento. Tá, eu sei que isso é quase impossível, afinal, transformamos a magia em loucura, a alegria em sofrimento, os sonhos em nostalgia, a nostalgia em decepção. O quase no nada.

Tudo isso é o futebol do Inter para o Colorado hoje em dia. Aliás, é o mesmo que o feriado para o aposentado: expectativa do que pode ser feito no dia útil seguinte. Mas, o dia útil, é sempre uma realidade diferente. Hoje, mesmo, acordei com dores por todo o corpo; dores que não tinha quando fui me deitar em meio à madrugada (velho tem insônia).

Dores egressas de tudo que não fiz, embora quisesse ter feito.

Eis a sina nossa em ser Colorado: sofremos pelo que já nem conhecemos ou fazemos mais.

 

CURTAS                                                                              

– O Daniel parece um bom garoto de 28 anos. Dito isso, lembrei do Colorado Meneguetti e suas rinhas de galo quando ainda isso não era crime: não ganhava com o galo bom, mas com o “marvado”;

– Das coisas antigas que não sinto falta é dessas rinhas. Pobres bichos;

– Conferir plaquinha por marca alcançada de jogos é do mesmo roteiro de dançar com a irmã e valorizar o chuchu. Motivem esses garnizés a ganhar um título que todos ficarão mais contentes;

– Do mundo imbuído nos questionamentos, um não precisam me fazer que respondo sem mais lamentar à (nada) dura realidade: sou velho e brocha. Brochável, com sorte;

– Aliás, nada é tão brochável quanto o time do Internacional.

– Não há crença nenhuma na nossa política. Quem ta aí vem de arrasto e quem quer voltar… nem merece minha consideração. Essa política do Internacional nem o remedinho aquele faz levantar;

– Betinha, não te entrega! És meu fio de esperança pra chegar nos 100;

– Coincidência ou não, nossa melhor fase dentro da última partida foi quando jogamos para buscar um gol, quase indo além disso. Vez ou outra, corremos risco até de vencer partidas fora de casa, ora. É só assim querer!

 

PERGUNTINHA

Tá mas vamos contratar um goleiro será?

 

Não direi que não sofra, Nação Colorada!

PACHECO

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