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Na década de 1980 o Internacional “flutuou” entre bons e maus momentos, mas parece que foi a partir dali que criamos essa “síndrome de vira-latas” que perdura dentre nós até hoje, apesar dos títulos e vitórias de envergadura que moldaram parte importante de nossa história nos últimos anos. Não entendo como de uma década vitoriosa e com o futebol mais vistoso do país (1970), fomos virando um time qualquer passando o pires para pagar as contas nos anos seguintes (principalmente nos anos 90).

Na verdade, até sei dos motivos da decadência, mas melhor conservar a língua dentro da boca (e da transcrição às palavras através das teclas do computador).

Tivemos times interessantes nos anos 80 e com o manto alvirrubro jogaram boleiros de envergadura: Rubén Paz, Cléo, Geraldão, Kita, Dunga, Mauro Galvão, entre outros bons valores. O time de 1987 nos iludiu: Taffarel, Luiz Carlos Winck, Pinga, Aloisio, Norberto, Luiz Fernando Rosa Flores, Norton, Amarildo e outros (inclusive o Balalo); Ênio Andrade. Memória está me deixando na mão…

Foi também na década de 1980 que alavancou e ganhou destaque no país uma tentativa de transformar o álcool em combustível preferencial para automóveis, à época uma de necessidade prática: petróleo não tínhamos pois estava faltando em tudo que era lugar; crise global. Tinha até um programa do governo para estimular a ideia, criado ainda nos anos 70: o Pró-Álcool.

Mas eu e a maioria das pessoas fomos conhecer mesmo carro a álcool já nos anos 80. Com isso pipocavam opções de carro movido ao combustível da cana de açúcar. E nessa toada eu fui o (até certo ponto) feliz proprietário dum Chevette marrom, ano 1988. Afora os problemas históricos do Chevette, a minha versão a álcool da iguaria ainda ‘me detestava’. Explico.

Eis a parte não tão feliz da história: não tinha Cristo que fazia o carro pegar em manhã cedo de frio: puxava o afogador, o botão da injeção indireta, fazia injeção direta com gasolina no carburador, água fervendo pra esquentar, simpatia e…nada. Nada fazia aquele carro pegar e não foi nem uma e nem duas que tive de ir para repartição de ônibus. Até parecia “coisa feita” como diziam os mais antigos.

Só que quando aquele Chevette enfim pegava (a parte feliz) era um veneno, andava bem, era nervoso, tinha desempenho e chamava atenção por onde passava. Era vistoso, enfim. Quando “arrancava” nada parava…

Lembra o time do Internacional atualmente. Está custando a querer pegar (mesmo no tranco), já trocamos de treinador e o time segue encrencando e parece que faz de propósito: para irritar o torcedor Colorado! Parece até “coisa feita”… Ou seja, o time atual do Internacional parece carro velho movido à álcool: pega quando quer.

Só não estou mais irritado e preocupado neste momento, pois quando aquele meu Chevette esquentava, precisava ter muita máquina para emparelhar do lado. E assim espero que também aconteça com o nosso Inter: quando esquentar, vai precisar ser time muito melhor para nos bater. Ou seja: tem que esquentar para mais cincos jogos da Libertadores e ainda tem um turno inteiro do Brasileirão para mostrar que potência nós temos. É só querer pegar, arrancar e não parar mais.

É isso, afinal, e quem estará movido a álcool no final da temporada, apenas e tão somente, seremos nós torcedores Colorados. Numa versão feliz da história.

E a cachaça na mão eu quero ter é para começar a festa…

 

CURTAS                                                                              

– Chacho Coudet repetiu as falhas do segundo tempo na Argentina, também no segundo no último jogo no Rio de Janeiro. Apesar de pouco tempo de trabalho, não tem mais margem para erro;

– Já disse e me repiso: tem que voltar a ganhar no brasileiro antes que a turma se esqueça que gosto tem a vitória;

– Criei boa expectativa com o galego Hugo Mallo. Ao menos no discurso;

– Sobre o time sub-20: mal treinado e parecendo um bando de mimado em campo. O rapaz Vinícius Rangel não tem estofo para jogar no time profissional e dali se salva o Lucca, que fez um dos gols mais bonitos da história do Gigante. Por fim: prestaria atenção no filho do Fernandão. Não pelo seu pai, mas por mostrar ter personalidade;

– Não culpo Gustavo Grossi, que ao que sei não tem ingerência nos juniores. Mas a verdade é que essa gestão nem clássico de par ou ímpar consegue ganhar;

– Tem que contratar um lateral esquerdo;

– Vestir toca neste veranico de agosto é andar com a “cabeça inchada”. RáRáRá.;

– Sei que todos pensam na altitude e na Libertadores, mas eu não esqueci que sábado tem jogo pelo campeonato nacional. E tem que vencer de qualquer jeito. É só querer, que assim será!

 

PERGUNTINHA

Eu botaria titulares sábado. E tu, Colorado(a)?

 

A jornada é dupla no riso. Só não vou dizer de quem…RáRáRá!

PACHECO

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