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Perder para o Flamengo no Rio não é para estranhar, como não seria se ganhássemos o jogo. Ainda mais com um gol meio Mandrake na falta e outro de contra-ataque que, posso estar muito exigente, caberia ao nosso goleiro pegar.

O que me parece mais importante analisar é perdermos duas chances claras de gol, nos últimos minutos, com um homem a menos, e as duas chances perdidas por um lateral dentro da área.

Na verdade, no atual momento do “esse é o Brasil que eu quero”, esses últimos minutos foram o Inter que eu quero, e que sofre inúmeras resistências quase covardes.

Revendo os últimos lances, vamos lembrar que o Inter se defendia com dois volantes, isso mesmo, não é fantasia, com um jogador a menos, passamos a nos defender com apenas dois volantes, e o assombro vem quando, no primeiro gol perdido, na defesa excelente do Diego Alves, a jogada nasce de um volante quase na linha de fundo, cruzando para o meio da área, onde estavam dois jogadores do Inter, mais o lateral entrando na diagonal em velocidade, TUDO COM UM JOGADOR A MENOS.

Ou seja, trocando em miúdos, mesmo descontando que eram os minutos finais, e que o Flamengo vencia o jogo por 2×0, É POSSÍVEL que um volante, atuando como volante, com funções defensivas, também cruze a linha  adversária e construa uma jogada para um lateral dentro da área.

Também é possível que um atacante nosso, marcando no meio, receba a bola, drible e desfira um forte chute, e que o lateral, o mesmo da outra jogada por sinal, adentre a área e finalize antes dos zagueiros.

Não acredito que qualquer dos gols mudasse o resultado da partida para empate. Se fizéssemos o primeiro, naquele momento, o Flamengo se retrairia todo e não teríamos a liberdade que tivemos para o chute do Lucca, mas isso são conjecturas futurísticas que não escondem o fato de a jogada existir.

De resto, não poderíamos esperar outra coisa. Seguimos com 3 volantes, sendo que, desta vez, Patrick jogou mais como volante, mesmo antes da expulsão de Pottker. Damião perdeu, ou o goleiro defendeu, duas boas cabeçadas, embora a segunda deveria ter se dirigido ao outro lado; mas foi apenas essa produção ofensiva, em tarde de Gabriel com atuação ofensiva constrangedora, e que Pottker uma vez mais não justifica seu passado.

Certo que o Flamengo pouco entrou na nossa área, e, quando o fez, foi bloqueado, conseguiu apenas um arremate limpo, mas com zagueiros por perto. Porém, se defender com 10 atrás da linha da bola não é uma tarefa muito difícil, complicado é se defender com menos jogadores e dispô-los de uma forma que o time consiga marcar gols.

Assim, é fácil entender e elogiar o desempenho defensivo (esquecendo o placar) se fosse essa a única motivação do jogo de futebol, o que, parece, ser uma realidade cada vez mais forte no Beira-Rio.

Por fim, uma coisa que não entendo: porque é tão difícil fazermos faltas nos momentos certos? Falta é do jogo, e o volante deles a fez quando Pottker arrancou, mas nenhum dos nossos fez quando Everton Ribeiro arrancou. Dourado já tinha amarelo, e os outros?

Perdemos uma Libertadores porque não derrubamos Martinuccio na lateral, quando amarelo era só multa, e de lá pra cá, ainda não aprendemos?

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