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Pegue papel e caneta. Aponte aí todos os erros do INTER desde que ganhou a Libertadores em 2010. Não precisa nada rebuscado, puxe de memória. Faça uma lista rápida do que complicou a vida do nosso clube favorito. Feito isso, imagino que em nenhuma lista vai faltar: soberba, presunção, amadorismo e más (péssimas) escolhas.

Eu gosto de ter na vida conceitos básicos bem definidos. Um deles é a diferença entre arrogância e autoconfiança. Confiar no próprio taco está intimamente ligado a crer que qualquer desafio, por mais difícil que seja, pode ser superado com o próprio escorço. Se trabalha, estuda, analisa, ajusta, trabalha mais… Assim, esse é o caminho natural para o sucesso. Já, por outro lado, a presunção é crer-se melhor do que os outros – basicamente isso – e que qualquer problema é insignificante frente a nossa presumida importância… crer estar pronto. Ora, ora, essa é a irmã siamesa do fracasso.

E assim foi, ano após ano, foram sendo esgotados recursos financeiros e tempo em soluções mágicas. O “campeão de tudo” não poderia ser batido e se era superado, se tinha fragilidades e se falhava eram problemas passageiros… coisa que a torcida ignorante não saberia entender na sua simplicidade. Mesmo flertando com o rebaixamento era coisa que os ungidos, pelo contrário, teriam em sua sabedoria futebolística as armas para tirar de letra todas as pedras do caminho e, seguramente, voltaria ao caminho glorioso.

Ai, ai… A que ponto precisamos chegar para que o obvio saltasse aos olhos. A que barateza lançaram o clube. Depreciaram sua imagem, sua história e o que ele representa para, simplesmente, polir seus imensos egos. Nem que pra isso tivesse que incinerar junto a imagem dos maiores ídolos desse clube GIGANTE.

Falcão foi feito de palhaço duas vezes. Fernandão usado como boi de piranha. Ídolos eternos de uma torcida que sofria. Antevia o desfecho inevitável para o curso que o clube era jogado. Agindo como novos ricos que receberam de presente uma herança preciosa, brincaram com esse titã e o transformaram num deformado Smigol que em lugar de repetir “meu precioso”, bradava “sou campeão de tudo”.

E assim caiu no mundial: pela presunção de quem tomava as decisões. Da mesma forma, foi caindo passo a passo, erro sobre erro… exatamente como caiu ontem: sem lutar, sem resistir. Com exceção do Danilo “monstro” Fernandes, todos estavam resignados e apenas esperando o tempo passar. Foram dez, doze rodadas de antecedência e agonia como aviso. Mas, como sempre, o “campeão de tudo” tinha o tempo necessário e a solução perfeita. Nisso devem ter pensado “vamos nos salvar com um pé nas costas!”. Só esqueceram que o Saci tem uma perna só.

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