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Sim, coragem Odair, faz bem, principalmente quando não se tem nada a perder.

Contra o Galo, fora do Beira-Rio, Odair abandonou o tripé de volantes, escalando um time com perfil ofensivo, jogando com dois laterais que apoiam, um volante mais fixo, que não nasceu na posição, e Nonato como volante também, mas responsável pela saída de bola e armação do time em conjunto com Neilton, pela primeira vez jogando pelo meio, como peço há uns duzentos anos.

Depois, um tripé (para não abandonar o termo) de atacantes formado por Sobis, Parede e Pottker. Destes, mais Neilton, Pottker era o que guardava mais posição, sempre pelo lado direito, rente à linha lateral.

Curiosamente, o primeiro gol saiu com Pottker dentro da área, mas do outro lado, numa jogada que começou com uma rosca bizarra de Rever, e um cabeceio com efeito de bola de tênis de mesa.

Mas gol é um mero detalhe do futebol bem jogado, e o Galo não o fez por um detalhe, na verdade, três detalhes, de magníficas defesas de Danilo Fernandes, sendo uma delas realmente impressionante, em cabeceio à queima-roupa. As defesas não apenas foram sensacionais, como em momentos importantíssimos do jogo, evitando que o Galo saísse vencendo ou reagisse.

Na lateral direita, Heitor, com sequência, vem ganhando terreno. Tem 18 anos e muito bom fôlego, além de ímpeto para atacar.

Mas o que de melhor tivemos na manhã de domingo foi a intensa movimentação e troca de posição de Neilton, Sobis e Parede. Esses três jogadores trocaram passes e lugares, com velocidade e supriram a falta de um armador que os pifasse na frente do gol. Aí era Parede chutando dos dois lados da área, Sobis cruzando para Neilton fazer o segundo gol e Neilton puxando contra-ataques pelo meio. O terceiro veio de um bom drible de Pottker, e uma excelente finalização, que quase me fez perguntar quem era aquele jogador.

Acima de tudo isso, na minha humilde opinião, estava Nonato, que comandou o meio do Inter, defendendo e atacando, fazendo a bola andar em todos os lugares do campo, marcando e desarmando e atuando no campo adversário com o carimbador por onde todas as bolas passavam. Nonato, solto no campo todo, fez sua melhor apresentação pelo Inter.

A estatística diz que Rithely fez bons desarmes, mas não foi uma presença marcante, e achei que errou alguns passes importantes e pareceu destoar do resto do time, tanto em intensidade como em qualidade.

Após os 3×0 Odair desmontou o time, buscando mais cadência. Não dá para criticar depois de 3×0, mas talvez fosse o momento para seguir com coragem, liberando Sarrafiore do lado do campo. José Aldo e Jonnhy pouco apareceram no momento em que o Galo pressionava, ajudando a destacar nosso rebatedor Klaus e a boa partida de Emerson Santos.

Enfim, foi uma apresentação que não se esperava, de um time que quase nunca tinha jogado junto, e que foi bem tanto coletiva como individualmente, trazendo importantes 3 pontos, e mostrando que um pouco de coragem não faz mal ao time.

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