Mauro Loch

Sem goleiro e sem centroavante???

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Voltando ao futebol, depois que o Louis terminou com a discussão sobre links, hoje jogamos partida decisiva no campeonato brasileiro. Não é decisiva em termos de colocação, pontuação, mas em relação ao que o Inter pode apresentar fora de casa, item que considero essencial para objetivos maiores, principalmente depois da derrota para o América.

Nossos desfalques são o goleiro e o atacante. Mas não trataria como desfalques que prejudicam o time, talvez Damião. Desenvolvo.

Em um dos meus primeiros posts falei do Danilo Fernandes, principalmente de suas deficiências, e que poderia melhorá-las. Fui bastante massacrado, pois isso aconteceu depois de ele ter sido considerado como um dos heróis de um time rebaixado.

Independentemente do desempenho dele em 2016, via carências em nosso guarda-metas. Danilo havia sido bem seguro embaixo das traves, mas uma nulidade na reposição de bola, nos recuos e nas saídas do gol. Minhas críticas viam um bom goleiro, com carências que poderiam ser treinadas, mas não foram.

Danilo segue um bom goleiro entre as traves, bom, não excepcional. Danilo não é um bom goleiro nas saídas do gol, aliás, é ruim nesse quesito. E Danilo não oferece nenhuma tranquilidade para quem recua uma bola, aliás, nossos defensores preferem entregar a bola ao adversário, pela lateral, do que recuar para que o goleiro distancie o adversário de nossa área, e não os culpo, Danilo é muito ruim com os pés.

Lomba, contudo, pouco difere. Pouco sai do gol em bolas aéreas, e tem dado conta do recado embaixo das traves, sem ser excepcional também. Nos recuos, com os pés, acho mais seguro que Danilo, mas também, nitidamente, não tem uma preocupação em melhorar. E isso é do próprio atleta, pois nossa escola de goleiros faz com que saiam do gol e joguem com os pés.

Enfim, rogando para que Lomba não me desminta hoje e leve gols defensáveis, não acho que perdemos muito com a falta de Danilo; não por desmerecê-lo, mas porque o substituto não fica tão atrás assim. E costumo lembrar que Alisson somente foi a campo pela lesão dos titulares.

Na frente, Damião também não joga. Há um prejuízo na mecânica de jogo. Damião é muito brigador lá pela frente, junto aos zagueiros; efetivamente inicia o sistema defensivo do time. Não entro no mérito se isso é bom ou ruim, mas é um fato, e não vimos J Alvez o suficiente para ver se fará o mesmo. Assim, a mecânica pode ser prejudicada.

Por outro lado, J Alvez, no Inter, jogou poucos minutos e quando o time dominava o adversário e precisava de gols. Em seu único tento, sou da opinião que Damião também o faria, partindo do princípio que estaria ali; mas faria de forma diferente. Creio que Damião desferiria um chute muito forte, que faria ambos os defensores, mais o goleiro, adentrar na meta adversária. É mais seu estilo.

J Alvez, no entanto, e podem me criticar se estiver exagerando, viu uma barreira de pernas na frente, e direcionou seu chute para onde elas não estavam, fora do alcance do goleiro, rente à trave, quase errando. Confesso, posso estar enganado, mas nessa fração de segundos em que tomou a decisão, optou por um chute mais colocado.

As primeiras notícias que recebi do J Alvez eram de um atacante meio trombador, de forte presença na área, mas sem muita técnica, tal qual Damião, e tantos outros que fizeram sucesso no Beira-Rio. Dadá Maravilha dizia que, de tanto fazer gols, não teve tempo de aprender a jogar futebol.

Mas minhas lembranças daquele J Alvez no Barcelona amazônico não batiam com um simples trombador, mas de um atacante que se movimentava, buscava espaços e tinha um bom chute. Claro que confiei mais nas minhas leituras do que na memória, mas isso ainda me incomoda, e não deixo de pensar que J. Alvez pode ser um atacante com mais qualidade técnica que Damião, inclusive nas finalizações, e espero que não seja apenas minha torcida.

E se Damião para, vamos tentar, por favor, deixar os guris jogarem. Pedrinho, no Corinthians, se afirma quando joga. Vinicius Jr, do Fla, também. Pedro, do Flu, talvez seja o melhor exemplo. Nunca vi um jogador ser goleador no banco de reservas, ou dali fazer gols que o time precisa, e pouco confio em críticas a partir de 15 minutos de um jogador, ainda que sejam 90 minutos separados em vários 15. Isso vale para Sarrafiore, José Aldo, Richard, Neto e tantos outros que a direção espera serem ídolos no banco ou na base

Pensar em um atacante para 2019 e trazê-lo agora é uma coisa, trazer um substituto para Damião, lesionado, é outra bem diferente,  e o mesmo vale para Danilo Fernandes.

 

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