4.2
(19)

Mais um jogo em que só os três pontos foram  importantes do ponto de vista do campeonato.

Contudo, sobre futebol, o jogo foi bem importante.

Primeiro para mostrar o quão esdrúxulas são as ideias de Mano Menezes quando tem que ter ideias. Jogar com 4 atacantes, nenhum deles com a menor intimidade com a armação, e muito menos com o posicionamento dos 4 atacantes, sendo três pontas, ou que jogam pelos lados, não pode ser considerado uma ideia, e sim uma atividade que se faz na privada.

Mano destruiu o time, e quase destrói jogadores, deixando a armação com Rômulo e Johnny, e uma confusão na frente destes dois.

Mano cada vez mais prova que é treinador de uma formação só, que vai testando até acertar, e quando acerta, se modificar, não sabe o que fazer.

Além de deixar 4 atacantes e sem armação, poucas vezes estes atacantes estavam na área, e menos vezes ainda estavam marcados por um só defensor. Ou seja, até o posicionamento dos quatro atacantes foi lastimável, se é que houve orientação sobre isso.

Quem achou que Luiz Adriano poderia suprir a vaga de Alan Patrick, porque circulou uma lenda que jogava assim na Turquia, ontem não teve o que defender.

Aliás, nenhum defensor do Luiz Adriano tem argumentos, quando Jean Dias é mais produtivo que ele. E não falo do gol, mas do primeiro tempo.

Curioso também é como Jean Dias ultrapassou todos na hierarquia e passou a batedor de bolas paradas do Inter, sem nenhum predicado para isso. Não dá pra deixar o Mano pensar.

No segundo tempo, com a saída do improdutivo L Adriano, e o ingresso de outro volante, mais liberado para estar na frente, o Inter passou a ameaçar o América e virou o placar. Isso, com 3 volantes.

No primeiro tempo, o América não tinha forças pra nada, e o Inter se livrou da bola até tomar o gol. Detalhe, a bola bate na barreira, e PH fica olhando o adversário ingressar na área. O Inter precisa de jogadores com consciência tática também para defender, e PH ficou apenas observando.

Da maçaroca do primeiro tempo, nada se salva.

O segundo tempo veio com a modificação do meio, um passe melhor, mas, principalmente, uma organização no ataque, de forma que o América teve que marcar mais, e não simplesmente postar as duas linhas de 5 do primeiro tempo. Nesse tempo, destaque para Wanderson, construindo as jogadas, e para Nico (apesar da falha grave no final do jogo), que se aventurou nos passes verticais, quebrando a primeira linha do adversário. Igor Gomes ficou apenas em uma tentativa bem sucedida.

O empate veio ao natural, já que o América é um time fraco e que faz muitas faltas (o árbitro só puxou o cartão no final do segundo tempo, mesmo com repetidas faltas no primeiro), com um meia entrando na área.

Alemão, em poucos minutos, fez o gol e dez vezes mais que Luis Adriano na temporada. Por mais dificuldades que esteja passando, não se encontrando com o futebol do semestre passado, Alemão tem, pelo menos, entrega em campo. O gol foi de manual, tomando a frente do zagueiro, esperando o goleiro cair e colocando no lado contrário.

Ainda conseguimos ver Gabriel Barros, o renegado, mostrar velocidade e ímpeto, o que não justifica o arquivamento.

De tudo isso, importante comemorar os três pontos, uma virada fora de casa que não acontecia desde 2014, e uma certa tranquilidade para jogar a decisão da Libertadores com os jogadores poupados.

Mas fica um alerta gigante, de que nosso treinador tem ideias malucas e absurdas, e nenhum receio de colocar em prática.

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