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Não foi um bom jogo do Inter, seja do ponto de vista anímico, seja do ponto de vista técnico, embora, taticamente, Odair tenha usado o esquema onde tivemos melhores apresentações.

Sim, D’Ale mais liberado, Nico pela direita, mas liberado, Zeca bem preso atrás, e Iago como um lateral bem ofensivo.

Não foi bom o jogo porque entramos muito apáticos, talvez confiando no que o treinador do CSA disse que iria fazer e não fez: esperar o Inter. O CSA marcou no campo do Inter, tentando uma roubada ou aproveitar um passe errado, e o Inter encontrou dificuldades para sair do jogo, muito porque os meias/volantes Edenilson e Nonato estavam muito avançados, e a linha de passe ficou com Lindoso.

Independentemente do que dizem as estatísticas, o Inter errou passes que não poderia errar, em momentos que não deveria errar, e isso encorpou um pouco o CSA. Depois de um início complicado, em que Lomba fez uma defesa sensacional, sempre por baixo, o time se achou e começou a rodar a bola, controlando o jogo, mas com evidentes dificuldades, contra um time que marcou bem e, depois do arroubo inicial, armou uma bela retranca.

Por isso rodar a bola é tão importante, embora ainda com muita lentidão, pois aos poucos foi encurralando o adversário. Faltou, neste momento, o chute longo, que nico tentou, mas errou muito do gol na primeira tentativa.

O chute, que não aconteceu contra o Palmeiras, obriga o adversário a marcar um pouco fora da área, criando mais espaços. Nesse giro da bola que o Inter fez o primeiro gol, com Iago dentro da área, e também Nonato, para concluir.

O jogo ficou tranquilo, e o segundo gol, a meu ver mal anulado, daria a tranquilidade para o time atacar mais.

O segundo tempo não foi repetição do primeiro. O Inter voltou bem, cauteloso, girando a bola novamente, abusando de inversões bem sucedidas, mas ainda com alguns erros de passes. O segundo gol veio ao natural, sem sobressaltos, em belíssimo chute de Edenilson. Chutando, uma hora a bola entra.

Ai o CSA resolveu incomodar, e o fez em duas ou três jogadas, mas sem volume. Odair novamente demorou demais para tirar D’Alessandro, e ainda não entendi o que Neilton foi fazer no jogo. No dia anterior, embora na série B, Richard e Ramon de um lado, e Bruno José do outro, eram elogiados pelo narrador de Botafogo e Vila Nova. Richard e Ramon jogando do meio pra frente, Odair os testou nas laterais direita e esquerda, respectivamente.

Guerrero ainda tentou um belo chute de fora da área, mas o Inter preferiu controlar o jogo a tentar mais gols, situação que não consigo ver como produtiva.

Odair, antes do jogo, disse que o Inter tentaria o gol de várias maneiras, com diversificação de jogadas. Até conseguiu o intento, fazendo dois gols de maneira diferente, e um terceiro, anulado, também de jogada diferente, mas Zeca pecou demais nos cruzamentos.

De qualquer forma, o time fica muito, mas muito mais movediço com Nonato, mais criativo e com mais presença na área, e Lindoso, apesar de sua pior das três partidas recentes, não tem comprometido. Sarrafiore precisa de mais tempo do que os miseráveis 15 minutos que tem recebido, normalmente preso na linha lateral, e Odair tem abusado do tempo de D’Ale em campo.

Mas vencer um integrante da parte da baixo da tabela, recém saído da série B, sem muitos sustos e com uma partida segura, é um mérito que merece elogios, principalmente ante o recente histórico do time.

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