Mauro Loch

CAMPANHA CONTRA NICO

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O problema de contratar medalhões com histórico no clube é a mística que envolve esses jogadores, e sobre eles são colocados os pesos do acerto. Isso aconteceu com Alex, no rebaixamento, e agora acontece com Sobis.

Sobis não é mau jogador, muito longe disso, e conta pontos pela identificação com o Inter e grande experiência acumulada em rodagem por grandes times. Mas Sobis não é o mesmo de 2010, 2006 ou outros anos, e não está jogando o suficiente para tirar a titularidade de Nico Lopez.

Na verdade, os únicos capazes de tirar a titularidade de Nico seriam D’Ale e Guerrero, justamente os companheiros com os quais Nico joga melhor e apresenta seu repertório. Sim, Nico tem repertório, Sobis não tem.

Não é por acaso que o jogo de domingo foi modorrento e com poucas alternativas até Nico entrar. Nico cria, e mete medo.

Imagine Nico correndo na linha de fundo atrás da bola, ele pode dominar, dar um tapa de esquerda e correr por fora do campo, pode parar e recuar para o lateral, ou tabelar D’Ale, Guerrero e Edenilson. Pode driblar e cruzar de esquerda, ou pode reter a bola, recuar até aproximar do meio, driblar pra dentro e chutar.

Agora imagine Sobis no mesmo lugar, na extrema direita. A única opção que tem é o recuo para o lateral, porque Sobis há muito não infiltra ou dribla; ou pode tentar um cruzamento que renderá um escanteio.

Por isso Nico mete medo, porque ninguém sabe o que ele fará, ante tantas alternativas que ele cria para si próprio. Sobis mete medo pela experiência, e só.

Tirar Nico do time para colocar Sobis é mais uma das burrices de Odair, que até pode dar certo, mas tem tudo para dar errado. Aliás, Odair vê o jogo com muita dificuldade. Sobis foi um erro contra o Fluminense, não consegui reter bola ou criar jogada, e ainda deu um carrinho irresponsável na marcação, que deixou livre o jogador do Fluminense na hora do primeiro gol.

O erro foi repetido contra o Cruzeiro, com Sobis responsável pela armação, e não conseguiu ser nem atacante, nem meia, nem marcador, mas foi experiente.

No meu tempo de guri, tínhamos Escurinho; talvez o melhor cabeceador de todos os tempos, mas Escurinho não era jogador para 90 minutos, ou para começar o jogo. Olhando estatísticas, hoje, certamente um gênio do futebol não entenderia como Escurinho não era titular, mas quem via os jogos sabia exatamente porque. Escurinho era homem do gol, não da bola, e Dario era assim também.

Nico é homem de jogo, de time. Pode ser desligado, embora não tenha visto isso ultimamente, e pode não estar marcando gols, mas quem no time do Inter está? Qual atacante tem deixado sua marca importante nas horas decisivas. A resposta todos sabemos, mas e os outros. Porque Nico tem essa exigência de gols que D’Ale não tem, ou Patrick, ou mesmo Sobis?

Retirar Nico do time, principalmente neste momento, é uma estupidez, mas não seria a primeira.

p.s.: quando digo que Rithely não serve é por conta de jogadas como o chute errado de Junior Urso, quando nosso jogador simplesmente para e resolve assistir

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