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A copa acabou como começou, sem grandes novidades e sagrou-se campeã uma das favoritas, inegavelmente aquela que tinha melhores valores individuais, e a mais economicamente valiosa também. Talvez as surpresas tenham ficado com a Croácia e com a eliminação da Alemanha, não tanto pelas estatísticas do fracasso dos campeões nas copas seguintes, mas porque a Alemanha era apontada como uma das favoritas.

Na parte tática também se notabilizou pela ausência de novidades. Identifiquei apenas a Alemanha se defendendo sem laterais, o que visivelmente não deu certo. De resto, o time que soube se defender melhor nas partidas decisivas levou o caneco, como já acontecera com Itália e o próprio Brasil.

Talvez o mérito da França tenha sido se defender bem com jogadores bem ofensivos, com Giroud fazendo aquela falta não marcada em Hazard na linha da grande área francesa, e com Mbappé marcando os croatas abaixo da linha de sua grande área.

Não fiquei feliz com o resultado final porque achei que a Croácia apresentou o melhor futebol coletivo nos outros jogos, mas, contra a França, quis fazer gols com pouca gente na área, e isso é muito difícil.

Enfim, uma copa sem grandes surpresas, sem grandes novidades.

Voltamos aos torneios brasileiros, cuja grande novidade parece ser o ocaso dos grandes treinadores. Ainda estamos no início, mas entre os quatro primeiros, estão três treinadores que nunca antes haviam dirigido um outro time de futebol, e eram auxiliares até bem pouco tempo ou mesmo no início do ano.

Mesmo entre eles, nada de grandes novidades, exceto uma postura mais ofensiva do Flamengo e até do Inter, contando com três jogadores mais avançados que auxiliam na marcação.

Alguns apressados já vaticinaram que o legado da copa é a morte da posse de bola como estratégia de jogo, o que levará outros mais apressados ainda a dizer que a posse de bola deve ser desprezada.

Embora o time do Inter tenha o discurso da posse de bola, não tem jogadores que consigam fazer isso quando necessário, e nossa posse, em números, provavelmente reflita uma posse no próprio campo e uma troca de passes entre defensores.

Bem, os últimos resultados são animadores, e o desempenho (argh Tite) contra o Vasco foi bem satisfatório. É bem possível que percamos um ou dois jogadores na janela, mas o renascimento de Nico, a regularidade de Lucca e a surpresa de Patrick mantém as esperanças de uma sequência parecida com o primeiro terço, garantidos pelo acerto entre Moledo e Cuesta e dois jovens laterais.

O time ainda terá o acréscimo de J Alvez e o possível emagrecimento de Pottker, alternativas ao brigador (e nada mais que isso até o momento) Damião, e as possibilidades de José Aldo e Richard, e mesmo Sarrafiore darem os ares da graça no banco.

D’Ale é aquele de quem não se deve falar no momento. Sigo achando que Odair deve tentar encontrar um lugar para ele no time. Isso não significa que vai achar, e que deve ser titular, mas é obrigação do treinador tentar encaixar alguém da qualidade do argentino, mesmo sabendo de suas deficiências.

Também acho que o time achou uma forma de jogar, mas a falta de uma peça já compromete um pouco a segurança, por isso o treinador deve testar alternativas que mantenham o desempenho dos placares.

Enfim, voltamos ao Inter.

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