4.8
(17)

Mais três pontos em jogo tecnicamente fora de casa, pois todos serão por um tempo.

Não achei jogo tecnicamente fraco da parte do Inter, não foi bom, mas nitidamente estamos com os jogadores descontados e sem explosão, como após a pré-temporada, nos primeiros jogos do gauchão.

E o jogo foi parecido, com o time buscando o controle do jogo por meio de passes, sem velocidade e sem muita objetividade.

Coudet optou por dois laterais mais marcadores, e a construção das jogadas pelo meio, sendo Wesley o mais avançado e Valência e Borré alternando posicionamento, mas com a bola pelos lados, os dois entram na área. Maurício e Bruno Henrique que deveriam fazer a construção pelo meio, deixaram a desejar, tanto em termos de movimentação, como em termos de qualidade técnica.

Compreensível, Bruno Henrique quando chegou, não foi bem, mas com a pré-temporada, jogou muito bem em vários jogos. Maurício vem em declínio, talvez com a cabeça em outro lugar, mas ambos deveriam ser a condução das jogadas do time, e não conseguiram, daí a solução individual pelo Wesley ou os cruzamentos para a área, a maioria ruins. E ambos pouco entraram na área.

Ainda assim, uma ou duas jogadas construídas, uma delas ridiculamente atrapalhada pelo árbitro, um capítulo à parte.

No segundo tempo, como aconteceu em jogos do gauchão, o time melhorou, começou a imprimir mais velocidade nos passes e ser mais objetivo. O gol veio com os laterais bem avançados, o que foi possível com o ingresso de Aranguiz no meio.

Alan Patrick, ainda com lentidão, desta vez buscou o lado direito e apareceu mais na área, local onde esteve sumido contra o Belgrano.

Meu ponto principal é que Aranguiz é titular e responsável pelo equilíbrio do time, tanto no ataque como na defesa. Wesley não é Wanderson na recomposição do meio, e com os erros sucessivos de Renê, essa alternativa de Robert Renan pode crescer, embora não seja o ideal, e testar Bernabei também é opção.

O fato é que não tenho conhecimento da defasagem física que a parada proporcionou, e com o acúmulo de jogos, dificilmente teremos um time titular montado e atuando junto antes de setembro, considerando os desfalques de Valência e Borré. A diretoria se mexeu com Alario, e a construção do time com Alan Patrick como atacante pode voltar, mas acredito que teremos alternância da escalação até que eventual parte física seja resolvida.

Analisar dois jogos com times diferentes e com jogadores que nunca atuaram juntos é impossível para estabelecer um padrão ou sistema de jogo, até porque nestes dois jogos, tivemos 4 tempos diferentes.

Por certo que não atingimos ainda o que nós torcedores queremos, mas foi uma vitória bem importante tanto para o momento do time como para a posição na tabela, e não podemos deixar que atuações medianas e ruins nestes dois jogos da retomada signifiquem a crise que alguns querem criar.

O capítulo à parte da arbitragem também merece destaque. São erros primários, e fomos salvos pelo VAR em uma decisão absurda da arbitragem. Aliás, esse novo estilo Daronco de ser dos árbitros e árbitras brasileiros, com imposição e arrogância destoa muito das arbitragens europeias e sul-americanas. Não é por acaso que Daronco foi punido pela Conmebol mas segue prestigiado pela CBF, que segue tomando sua arrogância como modelo de conduta dos árbitros.

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