4.6
(12)

O fato é que temos 11 titulares e o esquema tático foi montado com esses 11, e o nível dos reservas, principalmente quando entram no meio do jogo, não sustenta o jogo. Curioso é que, quando os titulares entraram no meio do jogo nas vezes em que os reservas eram maioria, também não sustentamos um bom jogo.

De qualquer forma, foram 70 minutos de controle e até poderíamos ter ampliado, e novamente houve um decréscimo no rendimento com as substituições.

Alguns falam que não deveriam trocar todos ao mesmo tempo, tirar Aranguiz, AlanPa e Maurício juntos, mas esse trio não jogou quando os reservas fizeram boas atuações. Particularmente, prefiro jogar 70 minutos com força máxima.

De qualquer forma, individualmente, os reservas estão abaixo dos titulares, até por isso são reservas.

Mas temos que lembrar que o time tem uma saída de jogo toda ancorada em Renê, que tem boa capacidade de passe e deslocamento. Nesse ponto, o reserva Dalbert, seja lá por qual motivo, é um decréscimo muito grande, e explica muito as dificuldades que temos em iniciar o jogo, tanto que o gol veio em jogada na qual ele não participa, e Wanderson recua e se desloca para receber de AlanPa. Dalbert não arriscaria o passe, muito menos o deslocamento. Até compreensível, mas é fato que não faria.

Johnny também tem sido essencial, a imposição que dá ao meio é gritante em relação a Rômulo e Gabriel, e não que eles não tenham feito bons jogos, Rômulo até foi destaque em alguns jogos atrás, mas não consegue ter a imposição e o passe que Johnny faz; o mesmo para Gabriel, que espero ter na pré-temporada o seu retorno à forma do ano passado.

No meio, muito difícil que tenhamos alguém perto de AlanPa como reserva, por isso não vou considerar, embora Gabriel Barros tenha feito bom jogo quando esteve em campo contra o Galo, e Maurício também, com sua movimentação, não é substituível por Bruno Henrique ou De Pena. Aí talvez um trabalho com o Gabriel Barros para torná-lo mais versátil, já que, parece, ter qualidade.

Enfim, é um time com 11, e que cai muito quando falta um, como aconteceu no ano passado.

Falando do jogo, Wanderson, novamente, se sobressaiu, tanto na parte técnica como na parte tática, e é um jogador que cada vez mais amadurece na função. Aranguiz é outro que vai adquirindo desenvoltura e entrosamento, se transformando em grande figura no meio campo.

Claro que, com esse diagnóstico, no próximo ano precisamos de reforços além de pontuais, embora eu acredite que seja bem difícil ter um time com reservas do mesmo calibre que titulares, por isso reforço a ideia de que os reservas, ou pelo menos alguns, sejam jogadores capazes de mudar o jeito do time jogar, e não apenas repetir a atuação dos titulares.

Não é uma tarefa fácil, mas é algo para ser pensado agora, e não em fevereiro.

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