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Das minhas muitas aventuras por aí dentre alguma ou outra desventura, não sei se o que mais me marcou (e marca) foi o tempo de estrada pela repartição, nos fandangos por aí ou fazendo brique de carro. Como sigo a pé e vez ou outra andando de carro de aplicativo (por determinação de minha senhora que diz que é mais barato que carro de praça), obviamente o assunto automóvel é o do momento em minha vida. E os negócios que não deveria ter feito chamam mais atenção, mas algum ou outro que deram certo, ainda que por linhas tortas, são os que estou buscando na memória no momento.

Certa feita, na minha volta à Capital pela repartição, depois de um bom tempo andando de ônibus ou metrô, decidi que era chegada a hora de voltar a ter um carro zero km. Recém lançado e causando um frisson no mercado, tanto que todas as concorrentes copiaram o estilo do veículo, eu queria um Gol G5 – voltar à VW que conviveu comigo nos idos dos anos 80 e em parte dos anos 90: foi num Fusca branco 1979 que fiz carreata pela nossa taça da Copa do Brasil.

Mas o Gol era o mais caro da categoria. Muito mais caro, aliás. Tentei, cogitei uma loucura ou outra, mas o destino não quis: a razão me fez comprar um Celta preto, por 10 mil reais a menos. Isso era muito dinheiro naquele tempo. Porém, meio rancento com o Celta, sempre reclamei à toa do veículo que foi valente e nunca me deixou na mão, apesar dos quase 70 mil km que fiz com ele em menos de 2 anos. Rodei bastante mesmo. E ainda assim não valorizei o carrinho brioso.

Pois bem. É por exemplos como esse que concluí que não poderia, lá quando anunciado treinador do Internacional, impor preconceito “de cara” por Roger Machado. Minha cota de birra já nem pode mais se resplandecer pois estou muito velho para isso. Afora que a vida sempre nos dá uns tapas na cara vez ou outro para deixarmos de ser abobados. Em verdade é que depois de um pouco de falta de sorte no começo, o trabalho do Professor Roger vem se mostrado coerente e de resultado prático: se não tem o desing vistoso que fará dos outros copiarem de suas estratégias táticas, ao menos tem parecido aquele feijão com arroz bem feito, pitada de tempero aqui e acolá e com acompanhamento de uma carne saborosa bem mais fácil de mastigar.

Devagarito o futebol do Inter tem nós apetecido mais. Vemos triangulações, jogadas bem tramadas e gols nos últimos jogos que tiveram movimentações que somente um treinamento de verdade pode azeitar. Tanto em Caxias, como ontem no Gigante, a bola foi pra rede depois de jogada de pé em pé. Como é bom ver o time praticar o esporte bretão de verdade.

Troquei o Celta justamente por um Gol G5 e foi uma das maiores decepções que tive com um veículo. Não ficou muito tempo comigo e nunca mais voltei a andar de VW. O que ainda me desalenta é ter de reconhecer que me livrei do Celta só por cisma, porque queria o outro e fiquei com ele que é o que podia ter. Tempo depois, para corrigir meu próprio erro, fui lá e comprei um Celta zero km novamente. Talvez nosso Presidente tenha imaginado que o que ele sempre quis para o  futebol Colorado, enfim, não será possível. É preciso ser mais prático e objetivo.

Em verdade é que um Celta era capaz de levar a mim ou você para os mesmos destinos que qualquer outro veículo. E quem sabe Roger Machado possa, igualmente, nos colocar numa mesma posição que qualquer outro técnico badalado.

No fim das contas, tudo é uma questão de destino. E se o nosso for ser campeão com o Professor, estarei pronto.

 

CURTAS                                                                              

– Professor Roger Machado parece ter encontrado um padrão de jogo e algumas variações táticas. Louvável sua humildade para não se apegar a um só estilo;

– Vitória maiúscula contra um adversário que tem um trabalho deveras consistente;

– Já falei de Gabriel Mercado e apesar da sua idade penso que ainda tem lenha para queimar;

– Professor falou que vem tentando corrigir posicionamento de Bernabei para evitar os sustos defensivos. Se conseguir colocará o baixinho na Seleção do seu país;

– No gol sofrido Anthoni se precipitou, a bola provavelmente ia pra fora. No computo geral tem crédito, todavia, e algo que me diz que seu caminho será a Europa;

– Valencia fez gol lá e é chegada a hora de desencantar aqui também;

– Muitas vezes tomamos gol nos acréscimos dos jogos, tal qual ontem. A diferença para agora e que não nos abalamos mais. Possivelmente tem dedo do grande Paixão nisso e participação agora de D’Alessandro;

– Sei que principalmente o último divide opiniões por aqui. Mas é vencedor e essa pecha ninguém lhe tira. E de minha parte, quero estar sempre ao lado dos vencedores!

 

PERGUNTINHA

O que o destino ainda nos reserva em 2024?

 

O destino tem de levar nós todos ao Gigante da Beira Rio no próximo jogo, Nação Colorada!

PACHECO

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