4.9
(15)

Falei e reafirmo que a confirmação daquilo que argumentei na minha última passagem por aqui, que tratava como ponto ganho o jogo em São Paulo, dependia muito dos resultados seguintes, sendo que só a vitória interessava nos jogos em casa. Pois é. E não ganhamos do Bahia. Sequer jogamos para isso é verdade, ainda que o futebol nem sempre seja justo e muitas vezes premie o time que joga pior, mas é pragmático. Como consolação é preciso dizer que, no fim, escapamos da derrota.

Tudo bem, não há consolação nenhuma, convenhamos. Tínhamos que ter ganho e ponto final.

Mas num campeonato longo como é o Brasileirão não se tem muito tempo para lamentação. Os dias passaram, espera-se que o grupo tenha assimilado que o jogo efetivamente só termina quando o assoprador do apito cumpre com seu derradeiro papel e que entre hoje em campo como se fosse este jogo o último. E tem que ganhar.

O jogo desta noite, por exemplo, parece que trará o jovem atacante Peglow como titular. Veja-se que ele faz aquele gol que claramente foi desviado pelo zagueiro adversário (muito pênalti, gize-se) estaria consagrado. Mas não aconteceu por força da ilegalidade e a torcida não perdoou. Mas ele é jovem. Quem aqui não fez cagada com a mesma idade? O mesmo vale para Zé Gabriel que de fato fez a sua pior partida na temporada. Só que vinha de boas e regulares atuações. Mas, ele é jovem. Quem aqui lembrou que o veterano Cuesta não fez o simples como deveria na sequência do lance?

Nós, Colorados, gostamos de reclamar do pouco aproveitamento da base mas não perdoamos qualquer erro. Criticamos este ou aquele veterano e pedimos o prata da casa mas não temos paciência alguma em vê-lo em campo. Como eu gostaria, também, que a base do Internacional entrasse pronta em campo. Só que não acontece com o Inter e nem com qualquer outro time.

Enfim.

Ultimamente a nossa torcida tem vivido muito de crendices que envolvem o azar ou sei lá o que possa ser. Neste contexto, fala-se nos nossos ex-jogadores que hoje estão no Ceará, além do treinador, e na mística reversa da fatídica “lei do ex”; agrava-se, pela sina colorada de ressuscitar morto.

Pois eu já acredito que tudo isso resta suplantado no momento que o time entra em campo convicto na vitória, não admitindo erros individuais e lutando por cada bola. É uma questão de concentração.

Então, Internacional, basta entrar concentrado hoje à noite, convicto na vitória, ciente da necessidade dela, que eu tenho certeza que vamos ganhar e até com certa facilidade. Crendices servem apenas para povoar o imaginário. Um jogo de futebol é com os olhos bem abertos que se disputa.

E se ganha!

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