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O primeiro título do ano merece um post extra, e um título sobre nosso rival mais ainda, adicionando 22 anos depois do último, a copinha é nossa novamente, pela quinta vez.

Foi uma campanha regular, sólida, de um time que cresceu durante a competição, jogando seu melhor futebol contra Botafogo SP e Corinthians, chegando ao título batendo o Grêmio nos pênaltis.

Não gosto de decisão em grenal, normalmente o jogo perde pra rivalidade e o futebol é esquecido, mas esse grenal da copinha foi muito bem jogado por ambos.
Vi poucos jogos do rival e não achei nada de excepcional em termos de conjunto e excepcionalidade. Nem mesmo Elias impressionou, porque faz festa entre os guris pela força e velocidade, mas esse tipo de jogador não costuma fazer sucesso quando sobe.

Já o Inter tinha impressionado pelo conjunto, pela falta de referência em um único jogador e por uma disciplina tática de todos os jogadores. O treinador não teve medo de substituir por outros melhores, sendo que Volnei e Nicolas perderam as posições para Murilo e Pato.

Nesse jogo, o Inter foi surpreendido por uma marcação mais agressiva do rival, que dificultou a saída de bola até os 15 minutos, quando o Inter encaixou, seja pela saída com o zagueiro Carlos Eduardo, seja pela saída com Matheus e Cesinha. Esse, aliás, tomou conta do primeiro tempo, e o placar não foi aberto porque os zagueiros funcionaram bem, como os goleiros, mesmo sem defesas muito difíceis.

Algumas falhas normais de passes, o Inter era mais sólido, mas o rival assustava muito com jogadas isoladas dos atacantes contra nossos poucos defensores.

Esse, aliás, o fator que considero mais importante no time do Fábio Matias, se defendendo com poucos jogadores. Minha costumeira crítica ao Odair e demais é que é fácil se defender com 9 ou 10, mas com cinco ou seis, a coisa depende muito do treinador.

O time jogou com apenas um volante. Os dois meias não tem características defensivas, pelo contrário. Os atacantes abertos pelas pontas recuam, mas não tanto, nem formam linhas de marcação tradicionais. É um time ofensivo que tem bons marcadores, e um lateral direito que era atacante até três meses atrás.

A calma de Thiago, o zagueiro, é impressionante, e o outro, não é titular, mas Pedro Henrique foi chamado para o principal e permitiu ver Carlos Eduardo.

Não acho anormal que o rival tenha tido as melhores chances, porque quem tem a bola tem mais chances de errar, e o rival  também errou, optando por jogar por contra-ataques, não soube finalizar.

Já o Inter errava no último passe, cercava o adversário mas não conseguia finalizar, e os guris são afoitos por natureza.

Logo no início do segundo tempo, em escapada do lateral, e falha na marcação de Pato e Lucas, levamos o gol em bola desviada por nosso zagueiro. Na comemoração, o deles foi expulso, segundo cartão amarelo, sendo o primeiro muito bem aplicado, e o segundo aplicando a regra que os jogadores conhecem, tanto que os companheiros mandavam descer da grade.

O empate veio 3 minutos depois, nascido de jogada individual, raras vezes tentada. A partir daí, o rival se fechou em duas linhas, isolando Elias para os contra-ataques, e abdicando da bola. Esperado.

O Inter teve dificuldades, tentando muito pelo meio congestionado, e com Praxedes desaparecido, e Cesinha menos intenso. O time girava a bola mas não insistia nas jogadas de fundo e poucas ultrapassagens de laterais.

O adversário assustava e quase marcou em escapadas de Elias, salva pelo goleiro, e Diego Rosa errou o gol que mataria o jogo. Antes, Praxedes não cruzou bola que seria nosso gol.

Daí os pênaltis, com três erros do rival, nem precisamos bater o último.

Embora tenhamos jogado menos que nos dois últimos jogos, gostei do time como coletivo, e Cesinha se destacou, como o zagueiro Tiago. Matheus seguiu regular, com altos e baixos, Pato, apesar do gol, e Praxedes, não repetiram as atuações, e Murilo fez falta no segundo tempo. Nosso goleiro, criticado por mim, se redimiu com duas grandes defesas, e Leonardo seguiu regular também.

Acho que Coudet tem o que aproveitar, e isso é o que mais importa, sem nenhum desprezo ao belíssimo primeiro título conquistado. Que seja o primeiro.

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