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Vi algumas coisas positivas no jogo de ontem.

Ano passado, Odair precisou levar uma goleada para entender que seu sistema defensivo era muito ruim, e efetivamente mudou a forma de jogar do time, alcançando bons resultados, ainda que sem apresentar um grande futebol.

Desta vez, Odair precisou de 15 minutos e 3 chances seguidas criadas na mesma posição para entender que seu sistema defensivo estava muito ruim, e efetivamente mudou o time, mesmo sem mudar o esquema, mesmo sem mudar os jogadores, corrigindo o posicionamento de Edenilson e trocando D’Alessandro por Nico.

Embora entenda que a troca de D’Ale por Nico tenha surtido efeitos, acredito que o posicionamento de Edenilson, e, por consequência, do Lindoso, é que tenha sido o ganho maior para o time, e o elemento positivo do jogo.

O Inter começou bem a partida, não com a mesma intensidade dos jogos da Libertadores, o que também trato como lição do esfacelamento físico que causou, e atacou e defendeu e conseguiu se impor no jogo.

Depois vieram 10 a 15 minutos de uma avenida no lado direito da defesa, tanto pela qualidade de Everton, como pelo distanciamento entre os defensores do Inter, não levamos gols por incompetência do adversário.

Ao aproximar mais os defensores, encurtou o espaço e permitiu uma marcação dupla, que foi eficiente e fez o time retomar a bola com mais facilidade. O adversário entendeu que o problema era D’Alessandro, e tentou fazer o mesmo pelo outro lado, mas não conseguiu.

Inegável que um dos problemas é D’Alessandro defendendo. Já disse inúmeras vezes que sou fã do argentino, mas sua utilização por Odair é absolutamente equivocada, tanto em nível pessoal como do esquema utilizado. Isso Odair parece que ainda não aprendeu.

Outro ponto positivo foi Patrick, mas até determinado momento. Enquanto teve fôlego, Patrick desarmou e atacou e fez boas jogadas pelo lado esquerdo e apareceu bem dentro da área, mas o ponto ruim é que o fôlego termina muito rápido, aos 30 do primeiro tempo, e aos 15 do segundo. O cansaço de Patrick deixou o lado esquerdo da defesa muito vulnerável, o que não foi percebido pelo adversário, que apenas tentou jogar por aquele lado por volta dos 40 do segundo tempo.

Aí é que fica evidente que Odair entra com duas substituições certas, por enquanto, Guerrero e D’Alessandro, e uma terceira, que é Patrick. As substituições precoces por lesões desmontam o planejamento do treinador, mas é um erro contar com substituições necessárias desde o início do jogo, e já foi assim contra o River, Palestino e ontem.

De resto, esperava bem menos do time, talvez minha régua esteja muito baixa por apresentações recentes; mas vi Nico e Guerrero mais entrosados, ainda que sem definição de onde o matador prefere que a bola seja alçada e em que momento. Nitidamente perdemos um gol assim, Guerrero se antecipando a Geromel, Nico lançando em suas costas.

E Guerrero é preocupação permanente, a ponto de deixar Patrick livre para cabecear na área, mesmo sem estar em campo, no gol mais perdido da tarde. Também de positivo, vi uma liberdade maior para Nico, independentemente do lado que estava. Indiscutivelmente, é nosso melhor criador, ainda que seja displicente por vezes, merece maior liberdade, até para receber a bola de Guerrero, como em duas boas oportunidades no jogo de ontem.

Exatamente por isso que sigo defendendo o 442, com maior liberdade para Nico e Guerrero, amparados pela velocidade do Edenilson e Iago, com um quarto nome no meio que poderia ser Nonato ou Sarrafiore. Mas Odair é muito teimoso, não vai abrir mão de seu esquema

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