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Beirando quase um ano que passei a figurar como colunista do BV, creio que já deixei bem claro o que penso no tocante ao futebol do Internacional e como lido com a paixão que nutro pelo Colorado. Não é do meu feitio, portanto, vir aqui fazer terra arrasada bem como profetizar o apocalipse. Se não está como eu gostaria que estivesse, se não temos os jogadores que imagino que mereçam (e devam) vestir a camisa do Internacional, em nada vai adiantar transformar o meu dia de escrever por aqui em muro de lamentações.

É com o que temos, afinal, que eu tenho que sonhar com vitórias e títulos; mesmo que seja mais um devaneio de minha parte. Mas posso afirmar que é impossível? Alguém aqui tem bola de cristal? Se tiver, me chame no privado que podemos usar dessa habilidade para o bem de muita gente.

Das contratações que já foram anunciadas eu até o presente momento me empolguei mesmo com Rafael Sobis (é sem acento mesmo). Talvez um pouco iludido pela ideia da mística que o colega Mauro combateu no início da semana. Data vênia, permitir-me-ei novamente sonhar com o atacante numa terceira final de Libertadores com o manto alvi rubro, marcando mais um gol decisivo e, ao seu término, desfilando com o bandeirão em mais uma volta olímpica. Futebol não é magia, mas pode sim ser mágico.

Não sei se Rodrigo Lindoso é um jogador para o Inter, e concordo com quem diz que não podemos usar do time da estrela solitária como fornecedor irrestrito de mão de obra. Mas, Senhoras e Senhores, encaramos 2018 com Gabriel Dias na reserva imediata de Rodrigo Dourado. Alguma dúvida que a evolução é cristalina? O grande Dário Maravilha não teria vindo do Sport Recife? E se naquele tempo pensássemos como agora? Prejuízo histórico! Isso porque, imaginar (e que não seja um desejo) que não vai dar certo é mero exercício de imaginação e pessimismo.

Perdemos Damião e Sobis não é uma reposição objetiva, mas ainda temos Paolo Guerrero por estrear. Ah mas o Guerrero não joga há sei lá quanto tempo, não será mais o mesmo e isso e aquilo. Alguém tem dúvida que Guerrero à meia boca ainda é muito melhor que Damião (e aqui respeitando a história e os bons serviços prestados do jogador que é Colorado)? E como não falar em Patrick que acabou o ano com a água no pescoço. Matheus Galdezani não é uma reposição interessante, melhor que improvisar Camilo ou sei lá quem por ali? Neilton é pior que Rossi? No marketing, provavelmente.

A contratação do lateral Bruno talvez seja o ponto fora da curva, mas seria ele muito pior que o Fabiano? Pelos vídeos ao menos cruzar uma bola aquele sabe, contrário deste. Ahh mas tem gente melhor no mercado? Tem dinheiro pra contratar e pagar salário? Quer jogar no Inter? Ahh mas tem a base, porque não usa? Enfim, um tópico pelo qual não me permito discorrer hoje, porque aqui também me paro intrigado e contrariado, embora saiba que não podemos jogar um garoto de qualquer jeito no time principal. Ao menos o fato de 8 jogadores terem subido já parece um alento. Tal qual noutro tempo, será o destino eficaz em fazer algum deles (ou todos) ganhar destaque e figurar no time titular ou imediato.

Com o que temos é que vamos buscar novos dias e glória. Se o caminho vai ser mais fácil ou não, é impossível determinar agora. Com o que temos vamos lotar o Gigante da Beira Rio para gritar, torcer e vibrar. Eu sei. Porquê eu estarei lá.

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