4.7
(14)

Não consegui fazer a postagem ontem, apesar de ter visto o jogo no domingo.

Não era um jogo para jogar, e sim para ganhar, devido ao contexto de um adversário que foi batido por quase todos, jogo em casa, e nervos aflorando pela proximidade da zona do rebaixamento.

E isso ficou evidente com o modo afoito com que o Inter jogou, marcando com muita avidez e pouca organização.

Ramon optou por um time com mais transição e menos posse de bola, Carbonero, que, em tese, poderia fazer o papel de Alan Patrick na condução da bola, jogou mais aberto pela esquerda, e Vitinho pela direita, com Borré centralizado.

Jogamos diferente contra o Botafogo, onde os dois atacantes não ficavam abertos pelos lados; mas jogamos com um centroavante e um meio com dois marcadores apenas, sendo que os laterais não se juntavam ao meio, mas faziam uma linha bem confusa atrás dos volantes.

Eu sempre digo de o 352 é um esquema muito difícil, pois a movimentação dos laterais com o meio precisa estar muito sincronizada, e os zagueiros precisam entender o posicionamento.

Com Mercado de líbero, contra o Botafogo, a zaga se entendeu. Com Vitão, Clayton e Juninho, foi um samba do crioulo doido, com zagueiros partindo atrás de atacantes, laterais ora descobertos, ora sobrepostos, e um meio sem ajuda para reter a bola e organizar jogadas.

Daí, e considerando que o Sport é o pior time do campeonato até o momento, foi um jogo cheio de rebatidas e bolas perdidas, nem em disputa física, mas de falta de qualidade mesmo.

Tiago Maia estava perdido na marcação, mas Bruno Gomes é um acréscimo considerável no meio, e acredito que não deixe mais a posição.

Daí o gol vem em um lançamento de Bernabei atravessando a bola para Vitinho ( o Inter de Roger nunca invertia as bolas de um lado para o outro), que vai ao fundo e cruza, onde o centroavante aparece para finalizar. Não a bola para trás, mas entre o goleiro e zagueiro, outra distinção das jogadas.

O gol deu alívio, não retirou os problemas defensivos, mas o Sport se perdeu por uns 10 minutos, e novamente a afobação do Inter impediu que liquidássemos o jogo nesse tempo, com Borré e Vitinho se atrapalhando duas vezes.

O Sport se recuperou, seguiu organizado, mas a postura defensiva do Inter, mesmo bagunçada, impediu sofrer gols.

Pouco mudou no segundo tempo, até Ramon entender que tinha perdido o meio, e providenciou o acréscimo de um volante para ajudar a marcação. Logo depois ingressa Bruno Henrique, e preciso fazer um aparte sobre ele.

Bruno Henrique é um jogador de qualidade, sua entrada no meio permitiu que o Inter pelo menos dominasse a bola e trocasse alguns passes, e foi brindado com bela jogada de Carbonero que cruzou, novamente para a entrada de alguém na pequena área (e não na marca do pênalti). Mas, como já venho dizendo há algum tempo, é jogador para isso, 30, 35 minutos, para os quais ainda tem fôlego. Não é solução, nem é possível imaginá-lo como titular tendo Bruno Gomes e Alan Rodriguez.

Aí, com 2×0 no placar, ficou mais fácil de administrar o jogo e o arrefecimento do Sport, e ainda perdemos a chance de ampliar em 3 jogadas, inclusive com Borré perdendo outro gol incrível.

Não foi um bom jogo do Inter, e o resultado ajudou muito mais, e Ramon precisa resolver esse problema defensivo que começa no meio campo. Precisa escolher se vai juntar os laterais na linha de 4 no meio, ficando com os 3 zagueiros, ou se vai adotar uma linha de 5 (que acho muito ruim), vigiada por dois volantes, ou se vai formar duas linhas de 4 variando o posicionamento dos laterais e um meia ou atacante.

Essa definição, junto com jogadores mais qualificados na zaga, como Mercado, pode ajeitar o problema defensivo que o Inter tem hoje, e que é essencial para conseguirmos mais algumas vitórias.

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