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Não é de agora que o Inter é inoperante no ataque. Com certeza a questão passa pelos nomes, mas muito pela indolência de muito tempo em não pisar na área adversária. É um problema do Inter desde os tempos de D’Alessandro.

Contra o Botafogo, Diaz povoou o meio e usou dois atacantes por dentro, com Alan Patrick chegando como um falso 9, e bem falso, pois apenas fazia o papel quando estava na área.

Ontem, Diaz repetiu os erros de Roger, colocando velocidade em apenas um lado do campo, e esperando que Borré fizesse o papel de centroavante no meio dos zagueiros, o que não é característica dele.

O Inter dominou todas as ações até a expulsão justa do zagueiro, que atingiu com a sola da chuteira o joelho de Borré, depois deste ter se enrolado com a bola.

Aí parece que a ansiedade tomou conta do time, e só voltamos a jogar perto dos 45, com um pênalti desmarcado pelo VAR em mais uma imprudência de Bernabei, que cometeu outras duas ainda.

A expulsão fez mal ao Inter, que queria resolver o jogo em 5 minutos, sem construção de jogadas, na base do individual, como aconteceu logo depois do primeiro gol contra o Sport.

Até perto dos 45 minutos, depois da expulsão, não teve jogo, só uma série de rebatidas dos dois lados, e um mal posicionamento de Juninho e Bernabei. Mas o Inter corrigiu no final, e voltou a trocar a bola de lado esperando o melhor momento.

O problema é que, sem gente na área, isso não acontecia. Era uma série de troca de passes em volta da área, e, mesmo quando deixavam algum jogador do Inter no 1×1, era Borré e mais um na área, quando o Inter precisava de, no mínimo, 4 jogadores na área.

A superioridade numérica favorecia isso, mas o medo de outra bobagem de Bernabei impedia que algum zagueiro se aventurasse, e nossos dois meias, Alan Patrick e Tabata tem uma certa aversão em entrar na área sem bola.

Isso somado à inoperância de Borré como centroavante, resultava em um time que tinha a bola mas não conseguia agredir o adversário perto do gol.

O intervalo veio com o desmanche dos três zagueiros, com Juninho amarelado e o ingresso de Carbonero, mais como um ponta aberto pela esquerda, ou seja, o problema de falta de gente na área continuava, e não havia para quem cruzar ou passar a bola perto do gol, além de um inoperante Borré.

Ricardo Mathias entrou e provocou duas defesas bem difíceis de Weverton, em cabeceio e chute; mais gente na área, mais chance de fazer gol, mas a afobação voltou a tomar conta, e as jogadas eram rifadas ou os passes laterais percorriam todo o meio, passando pelos zagueiros, em uma lentidão que permitia reposicionar os defensores.

Não tivemos ultrapassagem dos laterais, tivemos uma única bola alçada nas constas do defensor para a velocidade de Vitinho, e tivemos 3 ou 4 bolas cruzadas para a área sem nenhum aproveitamento.

Aí fazer gol fica difícil mesmo.

No final do jogo, Borré tratou de melhorar o time para o próximo jogo, levando o terceiro cartão, que também tira Mercado da zaga, o que será um problema para Diaz, pois o próximo jogo é crucial para o final da temporada melancólica do Inter.

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