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Não consegui assistir aos jogos contra Juventude e Corinthians, e não achei nada que pudesse valer um post, nem em melhores momentos.

Sábado consegui ver o jogo todo, e fiquei um pouco animado.

Foi um jogo em que partimos pra cima do Botafogo, como havíamos feito contra o Corinthians (4 minutos, 4 conclusões, melhores momentos, quase só isso), só que com mais consistência defensiva.

Mercado é um acréscimo, mesmo com a idade. Seu senso de colocação e orientação dos outros zagueiros é imprescindível ao Inter. Vitão joga muito mais com ele.

O 352, que, repito, é esquema difícil, principalmente na organização defensiva, foi bem nas mãos de um treinador que sabe jogar com dois atacantes, e não isola um no meio e outra na ponta, mas faz movimentações em diagonal que abrem espaço para os laterais atacarem, com cobertura.

Foi um jogo físico com o campo encharcado no primeiro tempo, com Thiago Maia jogando com uma vontade que ainda não tinha visto. O Inter competiu e assustou o Botafogo, acostumado a jogar no cimento com cobertura plástica. Levamos sustos com boa defesa de Anthoni, e até um pênalti que poderia ser marcado, mas a comissão de arbitragem não quer mais micropênaltis (embora Yuri Alberto tenha sofrido um e foi marcado).

Não sei o que um gol do Botafogo faria no anímico do time, mas estávamos com vontade.

Dois atacantes mais avançados e AlanPa chegando na área pelo meio (aliás, está correndo mais também), os dois como opção de passe, com laterais que tem velocidade fazendo as ultrapassagens pelo lado, tornou o time com mais jogadores no ataque, e não aquela pobreza de gente que víamos antes, com troca de passes modorrenta e sem efeito. O Inter jogou em transições rápidas com o campo ruim, e depois soube tocar a bola quando precisou acalmar o jogo.

Bruno Gomes é um grande acréscimo, junto com Mercado, e BH segue um bom jogador para 35, 45 minutos.

Ramon entendeu que não tem jogadores para o losango no meio campo, entendeu bem as limitações físicas de AlanPa e optou por jogadores rápidos no ataque, tudo o que o treinador anterior tinha medo de fazer, jogando sempre com um 9 espetado.

Quando precisou segurar o placar, Ramon optou por jogadores que poderiam segurar a bola, e não simplesmente volantes para destruir, embora não tivesse muitos no banco, felizmente. Borré entrou muito mais com função de retenção de bola do que ataque pelo meio.

Cedo para dizer que o time engrenou, Ramon e Emiliano precisam de uns 5 jogos para azeitar o que querem, mas não apenas mudança de esquema foi visível, a confiança melhorou.

Foram duas bolas na trave, duas boas defesas do goleiro deles, e Vitão subindo muito, Aguirre atacando um corredor vazio. O destaque fica para o passe de Carbonero, junto com a infiltração de Vitinho, velocidade e técnica contra uma zaga pesada. Não lembro a última vez em que um atacante do Inter recebeu uma bola em profundidade na diagonal, e isso diz muita coisa sobre o time.

Agora é esperar a parada, recuperar jogadores e ver com quem Ramon pode contar para o próximo.

Sobre arbitragem, retomamos a era do ganha ou é roubado, e todos os times que empatam ou perdem entram nesse módulo, esquecendo que foram favorecidos em rodadas passadas, algumas bem recentes. A arbitragem brasileira é ruim, mas os clubes estão muito piores no trato da questão.

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