4.2
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Handball

Tem poucas coisas que me tiram a paciência nessa vida. Não que eu seja um virtuoso. Pelo contrário, diariamente travo uma peleia contra os vícios. Mas, a meu favor (ou não) reside dois fatos: sou lento para processar as coisas e não gosto de gastar energia em lutas inglórias.Das poucas coisas que me despertam a ira, além do INTER em certas ocasiões, por óbvio, o que tem destaque no hall de provocações contra minha paz e conseguem me incendiar quase que instantaneamente são três: a burrice, a preguiça e a má-fé (o dolo, o ônus… a intenção clara em praticar um ato errado).

Nisso, acredito que não tenha no futebol nada que tenha mais força de provocar e seja capaz de levar um cidadão pacato e urbano a xingar a progenitora de um juiz do que a lei, digo, regra do impedimento e a regra de bola na mão.

A regra virou lei? Acredito que sim, pois, nossos comentaristas “profissionais”, a comissão de arbitragem, os árbitros, o VAR… e toda essa gente que parece ter sido colocada em suas funções para semear a discórdia trocou uma REGRA com instruções claras e objetivas em lei, ou seja, algo que está sujeito a interpretações.

Não vou falar agora da lei do impedimento e sua validade, porque não quero discutir, por exemplo o que a bunda de um atleta estar a frente ou atrás da linha imaginária e mal traçada pelos árbitros de vídeo legam de vantagem a um jogador.

Quero focar exclusivamente na lei, digo, regra de bola na mão. A comissão de arbitragem me lembra os senhorezinhos que ainda hoje, no dia do pagamento, que sem saber o motivo lotam os mercados para fazer o seu “rancho”. Isso é uma herança dos anos 80/90 e sua inflação incalculável que ao final do dia levava o salário recém recebido ao valer quase nada.

Hoje em dia isso só ajuda a aumentar os lucros dos supermercadistas que, sabendo desse costume, elevam os preços em períodos específicas do mêsDito isso, retorno a lei… digo, regra da bola na mão. Antigamente existia orientação de que se devia perceber a intenção do jogador em parar a jogada com a mão para marcar a infração.

Ao contrário do que a gente fazia quando jogava com amigos, pelo menos quando eu era criança, a gente chutava a bola na mão do adversário pra cavar uma falta caso não tivesse mais recursos.Porém, essa regra foi modificada e honestamente, não há na regra atual da falta por bola na mão uma menção sequer a “intencionalidade”… repito: NÃO EXISTE A PALAVRA INTENÇÃO!

O que a FIFA diz?

“Touches the ball with their hand/arm when it has made their body unnaturally bigger. A player is considered to have made their body unnaturally bigger when the position of their hand/arm is not a consequence of, or justifiable by, the player’s body movement for that specific situation. By having their hand/arm in such a position, the player takes a risk of their hand/arm being hit by the ball and being penalised”.

Meu inglês não é um primor, mas não vejo nada que indique ao árbitro pesar a intensão do jogador. Apenas “movimento que assume o risco” e “aumentar de forma não natural a área do corpo”.

Na Inglaterra a instrução é bem clara:

Se a bola tocar na área em vermelho é falta. Simples assim.

Agora é com vocês? Por que em nosso campeonato não é assim?

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