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Estava eu num (nada) “animado” programa de gente velha num hotel de águas termais pelo interior de Santa Catarina, quando fui convocado para um churrasco com a turma aqui do Blog Vermelho. Deus é testemunha que o sinal de fumaça que me fora enviado salvou-me daquele marasmo somado a inquietação da minha senhora mais as suas 12 amigas que foram junto. Confesso-lhes que não foi nem uma, nem duas vezes que a “perguntinha” que povoou minha mente foi uma só, latejante, por sinal: _ afinal, o que eu vim fazer aqui?

Vendo o time do Internacional em desalento pelo Campeonato Brasileiro – circunstância esta confessada até mesmo por nosso técnico, sentado à beira do caminho da desilusão e por fezes flertando ainda com o pior, acredito que o questionamento povoa a mente de todos os atores do Colorado dentro de campo:

_ Afinal, o que vim fazer aqui?

Agora, se a dúvida povoou minha mente quanto à mais uma excursão na “gaiola das loucas” pra tomar banho de agua morna supostamente em prol do meu reumatismo, certeza eu tive que voltar ao Rio Grande era preciso tão logo o Luizinho, que todos aqui conhecem por Schroder, colocou os pés no Brasil. Sim, nosso querido Boss deixou aquele país do terceiro mundo onde vive e veio visitar os seus no paraíso. Com direito à recepção com churrasco “de patrão”, pelo senhor Mauro Loch, exímio talentoso colunista e assador aqui do Blog Vermelho.

E eu que vivi dias e noites de angústia e aflição com os meus ouvidos quentes com o falatório de 13 mulheres quase que desalentadas perto de mim, fui resgatado pela melhor companhia de grandes Colorados que emprestam a este espaço  – um dos últimos refúgios do debate verdadeiro sobre o Internacional, sua história, alegrias, tristezas, vitórias, derrotas… Mas, acima de tudo, de muita união pelo Clube que amamos e que nunca conseguimos largar.

Todos, afinal, queremos sempre o melhor do Inter.

Chegada a reta final, dos últimos quatro jogos do Internacional no campeonato nacional, muito além da torcida querer o melhor do time, os próprio jogadores, comissão técnica, direção e asseclas de todo o gênero que só possa imaginar que certamente existem, precisam querer o melhor para o Inter. Sei que o melhor não nos levará ao destino que gostaríamos, mas um pouco de hombridade ao menos nos garantirá uma cabeça erguida ao término do último minuto da última rodada.

É hombridade só o que espero desta gente. Que o futebol do time nos dê sinal de fumaça!

Já eu que posso e preciso, sentado, não à beira do caminho, estar próximo a pessoas que gostam tanto do Colorado (como eu), bati esta chapa da Seleção de Craques do BV para ficar de recordação e que certamente vai assegurar a motivação para que continuemos aqui falando de futebol e do Clube por muito tempo. Não apareço, é bem verdade; parei de figurar em fotografias quando a barriga não mais permitiu que eu enxergasse os meus próprios pés. Posso estar velho, todavia ainda me resta um pouco de ego, orgulho e vaidade.

Obrigado por este belo encontro, meus amigos. Vida longa ao BLOG VERMELHO!

 

CURTAS                                                                              

– Chacho Coudet como técnico do Internacional tem a obrigação de motivar este time a ganhar o que ainda nos resta pela frente;

– O ano do Colorado deu o último suspiro em setembro e agora o que parece existir é só uma luta ingrata pela sobrevivência. Lamentável;

– Podemos falar do que falta, dos que ainda podemos ter esperança, dos que não servem para jogar no Inter e dos que nunca serviram. Para não acabar com a alegria da memória do churrasco, falo disso noutra oportunidade;

– Disse e repito: Alessandro Barcellos é para mim uma grandiosíssima decepção. Eu que acreditei no seu discurso e nutri a esperança de um novo tempo no futebol, enfim, para o Internacional;

– No que compete a Roberto Melo nem chegou a virar decepção, pois deste já nunca esperei nada mesmo. Nem espero;

– A tarefa ingrata, mais até que viajar com as amigas da minha senhora, é ter discernimento para escolher o menos pior;

– Ouvi no rádio que faleceu Rubens Minelli. Em tática e técnica foi o maior treinador da nossa história (na mesma prateleira que está o Abelão em importância). Irreparável perda para o futebol e para o Sport Club Internacional. Sentimentos à família!

 

PERGUNTINHA

Qual futuro espera o Internacional?

 

Vamos terminar com honra ao menos. Só te peço isso, Inter!

Falando em honra, foi este meu sentimento perto de vocês – Louis, Mauro, Cristian (por chamada de vídeo), Victor, Bruno e Régis. Quanta honra!

PACHECO

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