4.1
(9)

Tudo errado do início ao fim neste domingo, mesmo com alguns erros a favor.

Pra começar, não se estreia camisa verde contra time verde, e ainda mais com um lado inteiro do time reserva, exatamente por onde passou a derrota.

Coudet também errou na escalação e errou em não substituir na expulsão.

A arbitragem errou quase tudo, menos a expulsão do Vitão, que errou barbaramente em fazer aquela falta.

Mas vamos por partes.

Legal a iniciativa de novas camisas, até porque deve estar no contrato com o fornecedor de material, mas creio que pode ser uma escolha mais criteriosa. A camisa preta com as cores do RS é sensacional. A primeira camisa rosa com o motivo justo do outubro rosa também foi muito boa, mas essa preta e verde achei meio deslocada, embora minha filha adolescente tenha achado uma das mais bonitas.

Daí a estrear a camisa, ok, mas estrear com um lado inteiro sem os titulares dava pra saber que não era uma ideia boa, mesmo que tenha a ver unicamente com superstição, e nada com futebol, se é que dá pra separar um do outro.

O lado esquerdo reserva também não foi uma boa ideia. Nico e Dalbert são as únicas opções, mas De Pena não.

Claro que um jogo teoricamente fácil seria o ideal para recuperar De Pena, que tem um ano muito ruim, mas a parceria reserva não recomendava.

De Pena teve um ano muito bom com Mano, e até antes. Só que o esquema era outro. Jogava com uma alternativa de velocidade no seu lado, Wanderson, e com Renê atrás, e se entendiam muito bem. Na cobertura, Gabriel, mais atento ao lado esquerdo, porque tinha Johnny no direito. Neste formato, em que a cadência, o passe, a arrancada e o chute, assim como as triangulações que fazia com Renê, Wanderson, e com quem aparecia, ora Maurício, ora Alan Patrick, funcionavam muito bem.

Mas com a mudança do esquema, De Pena não rendeu, tentou jogar na direita, tentou jogar mais adiantado, tentou jogar mais recuado, e nada funcionou. É um jogador bom que não se ajustou ao esquema e insistir não está fazendo bem pro time e pra ele.

A melhor alternativa seria quem melhor atuou na posição do Wanderson até o momento, Gabriel Barros, que fez um excelente jogo contra o Galo, cumprindo as funções do Wanderson no time reserva.

Ainda, De Pena tira a velocidade do time, pois nem de perto tem a corrida de Wanderson, nem o drible para dentro. Aí o time ficou capenga.

Ainda assim, com 11, daria para ganhar do Coritiba, mas com 10, tendo Dalbert como companhia, não seria possível.

Coudet demorou para ver isso, e na bola que o volante erra chutando por cima do gol quase na pequena área do Inter, deveria ter notado, mas só o fez depois de levar o gol.

Aí foi sucessão de erros, principalmente no terceiro gol do Coritiba. Ainda que a regra diga que a jogada só é parada quando o árbitro apita, o assistente levanta a bandeira antes de Dalbert derrubar o adversário.

No fim, lambança de dois pênaltis inexistentes marcados, coroando a péssima arbitragem brasileira, que depois valida um lance de mão no gol do Cuiabá.

Não apenas nos lances capitais a arbitragem foi mal (seja porque marcou errado, seja porque precisou do VAR), mas inversão de faltas, falta de critério, parou demais o jogo, demonstram que precisamos de uma reformulação geral para um campeonato mais justo.

O que fica desse jogo desastroso é a necessidade de um lateral esquerdo e um zagueiro para o próximo ano, para que deixemos de tomar gol por bobagens individuais. E que se tente recuperar jogadores depois da temporada, não durante.

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