TEMPO
Não consegui ver o jogo novamente, e devo retomar agora com o fim das férias. No entanto, quando vi a escalação já não tinha gostado.
Nada contra os nomes propriamente, é uma espécie de Inter do possível, com as lesões, mas vi um desenho que Roger não está acostumado a fazer.
Por coerência, não posso criticar o desenvolvimento tático do time, porque Roger não teve o tempo necessário para implementar seu jogo, que, desde já digo, não me agrada, já que gosta de usar 3 volantes, um meia e um atacante pelos lados, e o Inter oferece mais que isso.
Quando vi Wesley, Valência e Borré juntos, achei que não seria um time conectado, já que Wesley não é propriamente um marcador, nem Valência, nem Borré, e achei que o time ficaria sobrecarregado tendo dois marcadores em linha, e apenas Gabriel Carvalho para fechar a segunda linha, tirando a conexão das jogadas e apostando em virtuoses individuais.
Pelo que vi dos comentários em redes sociais, Borré foi quem recuou pela direita, deixando Wesley avançado na esquerda.
Não sei se apenas eu, mas achei o melhor jogo, ou os melhores jogos de Wesley quando atuou pela direita, mesmo que ele não goste disso.
O Inter de Coudet se ressentiu muito da ausência de Maurício, mesmo quando estava em campo. Coudet tentou Bruno Henrique, mas não tem a movimentação de Maurício. Lançou Prado, com calma, e deveria ter apostado mais, pela direita também, e não pela esquerda como está sendo usado nos últimos jogos (pelos dois). Também achei que o melhor Prado foi pela direita.
Assim, penso que, seja no 4132 do Coudet, ou seja no 4231 do Roger, nos falta o homem pela direita, embora o plantel não tenha sido formado para o 4231, pois temos dois atacantes que infiltram do meio pelos lados e dos lados pelo meio, sendo que a amplitude era pela esquerda com Wanderson e pela direita com o lateral.
Com Bernabei, é possível ter amplitude pela esquerda, e fechar o meio pela direita, como Wanderson fazia na esquerda, e para isso, pode ser utilizado Wesley, usando Borré e Valência mais perto da área.
De qualquer forma, ainda temos a necessidade de meias que ingressem mais na área. Na jogada de Bernabei lançando Valência, quando toma a frente do zagueiro, não tem nenhum outro jogador do Inter na área, somente Borré chegando, e marcado, aí fica mais fácil cobrir o ângulo e dificultar a conclusão.
Creio que este siga sendo o problema do Inter, pouca gente na área. Como Bustos e Bernabei são laterais velozes, a preocupação defensiva é menor (embora a falta de um primeiro volante esteja evidente, com Fernando e Maia lesionados), e os meias poderiam avançar mais e causar preocupação.
Não gosto do Roger, e acredito pouco em suas chances de acertar, o tenho como treinador limitado e retranqueiro, com um plantel mais voltado para o ataque, mas vou torcer para que consiga ajustar o time sem fazer com que joguemos por uma bola por jogo.