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De longe os maus resultados do Inter não passam por Patrick, que, ontem, até foi de atuação regular, embora me pareça tenha pecado na marcação do primeiro gol.

O problema é a contratação de jogadores no padrão Patrick, para funções em que se exige mais em jogos decisivos.

Patrick, ou poderia ser Gabriel Dias, ou mesmo Rithely, que sequer jogou, mais Bob, Fabinho, Anselmo e uma lista bem grande, navegam na mesma barca, de jogadores esforçados e dedicados, que, alguns, até tem alguma intimidade com a bola, por vezes fazem gols e até tem atuações inspiradoras, mas não resolvem .

Resolver, aqui, significa fazer o time jogar, definir e decidir partidas, claro, a favor do seu time.

Esse jogadores não tem culpa, são limitados mas profissionais. Culpado é quem pensa que podem ser solução, quem contrata, quem escala.

Vou focar no Patrick, mas poderia ser Gabriel. Quando do segundo tempo do grenal anterior, disse que a solução não passaria por Edenilson na lateral e Gabriel no meio. Seriam dois furos onde havia apenas um.

Mas Patrick é meu problema, usando o esquema que o Inter quer implementar. Em outro esquema, talvez Dourado possa ser o problema, talvez até D’Ale, ou mesmo os zagueiros, só que, atualmente, Patrick ocupa a posição.

Odair joga no 4231, com pequenas variações de 442 e 4141, dependendo da partida, mas joga com dois volantes de ofício, na base defensiva, mais 3 meias, sendo que essas três posições são ocupadas por um atacante (Potker, Nico, Marcinho), um meia (D’Alessandro) e um volante (Patrick).

Bem, Patrick, na minha opinião, ocupa a posição de um meia ou atacante, e o time fluiria melhor com um meia ou atacante.

Claro, no Inter a ideia é que no mínimo três volantes devem compor o time, seja de lateral, zagueiro e até mesmo atacante. Patrick caiu como uma luva nessa ideia do MIG, movimento que domina a política do clube independente dos nomes, pois entrou, fez gols e, conta times fracos, teve bom desempenho. Contra times maiores, teve desempenho regular, mas abaixo do que se espera para a posição.

A ideia é que um volante pode aprender a atacar, em vez de ensinar um atacante a marcar, ou um meia a recompor a ideia do sistema defensivo. Vejam, falo do esquema do Inter, não do que cada um de nós pensa ser o ideal.

Nisso redundou em um time que, no primeiro grenal, não sabia o que fazer com a bola quando a marcação foi alta, e, no segundo, com ainda mais volantes em campo, em um time que não queria a bola.

Claro que há exceções de volantes com essa denominação que resolvem um jogo, como Modric e Kross, mas não é o caso do padrão Patrick.

Nosso problema não é Odair ou outro treinador, mas a ideia de que jogadores limitados podem resolver uma partida e ter sequencia com a mesma resolução, é usar jogadores fora de suas características achando que encontraram a solução.

Especificamente sobre o jogo de ontem, Odair abandonou tudo o que fez até agora para jogar por balões. Nada contra a estratégia de deixar o adversário com a bola, mas isso dependeria de uma marcação ajustada o tempo todo, e falhamos aos 47 do primeiro tempo, coletivamente, mas Maicon recebe uma bola sem nenhuma marcação. Embora tenhamos começado bem, as linhas foram recuando demais.

E é imperdoável que Jael cabeceie sem marcação e que nossas linhas sempre enfrentem o adversário correndo atrás dele. Não houve nó tático ou superioridade física, foi técnica mesmo.

Não gosto de falar de arbitragem, e os gols não passaram pelo árbitro, mas o pênalti claro de Kanemman em Cuesta foi absurdo, e nem poderia dizer que não viu o lance, pois marcou o toque de mão.

 

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