4.6
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E o final de 2021 nos brindou com mais dois títulos da sub-20, aquela que estaria em crise depois da saída do treinador Fábio Mathias para o Flamengo, que, aliás, não ganhou nada na categoria nesse ano.

Profetizaram o apocalipse tanto pelas mudanças na base como pela perda do treinador, e o que se viu foi o contrário.

Não serei leviano para dizer que o trabalho é do Grossi. Tem, com certeza, muito da intervenção dele, mas também do que se fez no passado. Espero do Grossi resultados na ascensão dos guris, e resultados que possam ser vistos no time profissional. Essa, como ele mesmo disse, é a ideia de ter categorias de base.

Independentemente de quem é o responsável, se compartilhada ou não, nossos guris empilharam títulos esse ano, principalmente na reta final, lembrando que somos os atuais campeões da Copinha.

Dos que vi jogar, destaco Tauan Lara, que, já escrevi, por mim  iniciava o ano entre os profissionais, com cuidado grande na parte física (leia-se, peso). Sempre digo que zagueiros jovens erram bastante, como os de outras posições, mas zagueiro quando erra, é fatal. Nosso melhor zagueiro errou muito nos profissionais, mas Thiago é para ser observado.

Matheus Dias também ganhou destaque, um jogador que está em todo o campo o tempo todo. Não vi brilhar em técnica ou habilidade, mas é um jogador eficiente. Seu companheiro de meio campo, Estevão, começou reserva e ganhou a titularidade, e aparece como marcador e construtor durante todo o tempo também.

A surpresa fica por conta de Nicolas, campeão da copinha, quando iniciou titular como atacante pelos lados, fez um golaço na semi, mas perdeu posição e estava um pouco esquecido, e passou a ser utilizado como centroavante na falta de Cardorini e Vini Melo. Nicolas se mostrou muito inteligente, acima da média para atacantes, aliando velocidade e bom chute. É um jogador a ser observado ainda, mas surpreendeu pela troca de posição.

No time profissional, a época é de negociações. A renovação de Cuesta não me agradou, era um jogador com boa chance de valorização em uma troca. As notícias são de negociações de Edenílson, outro que acredito que não deveria ficar e tem valorização.

Infelizmente, não vi nada sobre Dourado, um dos principais jogadores que precisam sair do time ainda com uma valorização, pois a tendência é que percam valor, assim como Patrick, que, além de perdermos a oportunidade de vende-lo em anos anteriores, cada vez mais se desvaloriza pelas trocas oferecidas.

Sigo com minha ideia que Patrick, assim como Zé Gabriel, Dourado e Lindoso, não são mais patrimônios do clube, e sim jogadores que impedem a chegada de outros. Com teco-teco na pista, boeing não pousa, e acredito que serão os estorvos do ano.

O Inter precisa de treinador, e parece claro que definiu seus alvos entre Medina e Dominguez. Com eles, teríamos novo modelo de jogo, diferente de Aguirre, Odair, Abel outros, mais próximo do Coudet, de quem Barcellos é admirador confesso.

Por isso alguns jogadores que se mantém no elenco não se encaixam no modelo de jogo, e serão relegados à reserva ou ostracismo, ou, e é a pior das hipóteses, liderarão novo motim para derrubada do treinador que exige além de linhas baixas e contra-ataques especulativos.

Impedir isso é trabalho da direção, que só será feito com apoio ao novo treinador. Nenhum dos alvos é neófito, e nenhum é o nome da imprensa oficial daqui do RS, e sabemos exatamente o que enfrentaremos em termos de campanha contra o treinador que não seja Roger Machado.

E o time tem carências independentemente do treinador. Não temos lateral direito que imponha respeito. Por mais que goste de Heitor, tem falhado muito. Falta-nos atacantes pelos lados. Com um meio decente, Taison pode ser um deles, mas nos falta esse meio decente, que pode se descobrir em Maurício ou Palácios, ainda apostas.

Enfim, é uma montagem complicada, que necessita de saídas para liberação de espaço no orçamento e no vestiário, e necessita de chegadas de titulares em algumas posições.

Minhas prioridades seriam (sabedor das boas chances Moisés ficar) um bom lateral direito, e, pasmem, um volante titular, e um atacante rápido. André, do Flu, agrada como volante, mas não descartaria o volante uruguaio do SP, acho que Gabriel Neves. Cogito esses nomes em razão do interesse desses clubes por Patrick. Atacante, o Veron do Palmeiras teria lugar.

Com o avanço das negociações, um time base poderia ser Daniel, ld, Mendez, Cuesta e Tauan Lara, André ou Gabriel Neves, Edenilson, Faravelli e Mauricio ou Palacios, Yuri e Taison.

Faravelli não está em nenhuma cogitação, é um jogador que eu acho poder encaixar e arrumar o meio do Inter.

E segue a montagem.

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