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Eu sei, moneyball está um pouco batido, quase tudo se falou sobre isso, inclusive boas comparações com o futebol. A estatística entrou forte, sites especializados, analistas de desempenho focados nos números dos jogadores e o fantástico mapa de calor.

No entanto, quero lembrar uma passagem do filme que reputo especial para as decisões sobre jogadores e escalação.

Na cena, no momento em que vários profissionais do clube tratam da formação do time para a nova temporada, quase todos “olheiros”, Brad Pitt introduz um gordinho com cara de nerd, cheio de tabelas.

Na discussão sobre determinado jogador, enquanto uns fazem conjecturas, Pitt insiste no nome, olha pro gordinho e pergunta porque, é a resposta é : porque ele chega à base.

Entendo pouco de beiseball, mas sei que chegar à base é importante, algo como uma cesta no basquete, como um gol no futebol.

Aí a comparação. Precisamos de jogadores que cheguem na base, em suas funções. Meu exemplo da hora é Charles, o esquecido. Charles entrou com Zago, bem avaliado por Falcão, e rapidamente fez gols e concluiu a gol. Arquivado depois de um tempo ruim no grenal, só voltou contra o Brasil, e, depois de 180 minutos sem conclusões a gol, sem que o goleiro adversário precisasse intervir, em 20 segundos, Charles, o volante, cabeceou e exigiu uma bela defesa do goleiro. Até os 20 minutos, teria mais duas conclusões.

Charles chega à base. No debate no moneyball, olheiros falavam de talento, físico, histórico, títulos, e o gordinho refutava dizendo sim para quem chega na base, não para quem não chega.

Isso pode ser aplicado ao Nico, que faz gols, mas não é “competitivo”. Eu acho que é, e ainda faz gols. Cirino ….

Mesmo sendo fã do Ortiz, e acho que é melhor que Klaus, o rebatedor, em 3 jogos, chegou na base, e não tomamos gols. Bem, mantém no time. No moneyball, algumas trocas ocorreram na temporada, alguns ganharam a preferência do treinador, outros foram dispensados, mas a mentalidade de que o importante é chegar na base foi implementada.

Gostaria que isso fosse presente no Inter, a mentalidade de que o gol é importante, tanto fazer como não levar, mas gol é importante.

Guto não tem mais desculpas, teve tempo, luxo e jogadores, e pode armar o time como quer. Minha dica é que, na série B, em apenas duas partidas o Inter controlou o jogo, Londrina e Brasil; nas duas, jogamos no 442, esse é o modelo em que o time melhor se adapta.

Náutico? Não controlamos, tivemos 4 pênaltis e eles um jogador expulso, e levamos gols com um a mais, por isso fico com os dois jogos que citei.

Nao faz mal olhar esses números, nem repetir o que tem de bom, desde que continue chegando na base.

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