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Depois de um longo e proveitoso recesso, retomo as colunas do blogvermelho.

Nessas férias, nem li os comentários, meio isolado de internet e redes sociais, só o suficiente para acompanhar as contratações do Inter e uma parte dos jogos da copinha, onde está o futuro do clube.

Estou feliz com as contratações, Alario é um belo jogador, e complementa nosso ataque, fornecendo opções. Robert Renan é, ao que parece, contratação temporária, zagueiro jovem com passagem pela seleção. Minha opinião sobre zagueiros jovens é que falham bastante ainda, e se tornam muito bons pelos 26 anos ou mais, por isso considero uma aposta para substituir os titulares Mercado e Vitão.

Não achei que precisaríamos de goleiro sem antes testar os guris (que nem mais guris são), mas a cautela até justifica, principalmente se for negócio de ocasião.

Hyoran é talvez o mais polêmico até o momento, acho bom jogador, mas não vejo intensidade e sangue nele. Vou considerar pedido do Coudet, que já treinou ele e talvez tenha capacidade de incrementar a técnica do rapaz com mais força e intensidade. Muitos diziam que Johnny jogava de pantufas e vimos no que se tornou com Coudet.

Há expectativas ainda pelos Fernandos, volante e atacante, Tiago Maia e Borré, mas não pretendo falar sobre possibilidades. Não acharia ruim nenhum vir, e o Coudet que se ajeite para colocar o time em campo com tanta gente que parece ser boa.

Na verdade, sem contar com as convocações, temos um bom elenco do meio para frente, e até no meio campo, onde ainda devemos ter saídas, e sem contar o eventual aproveitamento dos guris da copinha.

Aliás, um bom primeiro jogo, um segundo razoável e a derrota no último com meio time trocado, e sem o Ricardo Mathias, o grandalhão ainda meio desengonçado que mete gols a todo jogo.

É um bom time, que tenta jogar no esquema do profissional, mas sem a orientação do treinador do profissional. Nossos dois treinadores da copinha são bons, mas não conseguem implementar a mesma movimentação que os profissionais, principalmente na saída de bola e na marcação da saída de bola adversária. Tentam, isso é nítido, mas não é a mesma movimentação e posicionamento.

Levamos três gols, dois de chutes improváveis, ambos no ângulo e de boa distância, e um terceiro com falha generalizada de zaga e goleiro.

Temos um bom volante, e Enzo, o filho do Fernandão, é jogador diferente, que trata a bola de forma diferente. Precisa de um período com Coudet para entender o que é intensidade, mas é o destaque da saída de bola do time, com excelentes lançamentos longos.

No meio, o badalado Gabriel é cobiçado por Arsenal e Chelsea. Não é pouco, Arsenal é o time que tem os melhores olheiros da gurizada da copinha, e quem levou o zagueiro Gabriel e Martinelli, ambos convocados para seleção, ambos bons jogadores que nunca jogaram em times grandes aqui. Só isso já faz ter atenção no guri que joga com a 10 e parece muito o AlanPa jogando, principalmente nos giros com a bola para se livrar do marcador.

Eu não costumo me iludir com copinha ou título, pois o funil é absurdo para o profissionais, mas são guris que estão jogando com seriedade e observação da função tática. Habilidade, isso 90 por cento tem, de todos os times, daí a jogar entre os profissionais é um longo caminho. E, por vezes, o guri que se firma nem titular é.

O que chama atenção é que temos um time com organização tática, nem sempre a apropriada, mas há uma tentativa de padrão de jogo igual ao principal, o que, em tese, pode facilitar a transição.

Para um retorno às atividades, é isso. Feliz ano novo para todos.

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