Mauro Loch

FELIZ ANIVERSÁRIO!

4.3
(12)

Feliz aniversário meu colorado, gigante instalado na beira do rio, exuberante em títulos, glórias e memórias. São 113 anos para exaltar a história desse time que fez, sim, história no futebol mundial.

Por mais que recentemente não tenhamos muito o que comemorar, não é sem razão lembrar um título invicto, que, por ser inédito e exclusivo, todos tentam diminuir. Somos bi campeões da Libertadores, campeões mundiais do torneio da FIFA, contra o melhor time do mundo na ocasião, com jogadores eternamente lembrados pelo time catalão. Somos octa campeões, feito ainda não alcançado na região, senhor do número de vitórias contra o rival. Não dá pra desprezar, nem diminuir, é dia de comemorar o aniversário do Inter.

Claro que o festejo poderia ser depois de um título, que não seria difícil de conquistar, mas o percurso foi atribulado por diversas razões, e talvez tenha sido o mote para algumas tomadas de decisão tardias, mas necessárias.

Ao que parece, finalmente, nos encaminhamos para uma renovação da fotografia do time, com a saída de jogadores que estão aqui há muito tempo sem conquistar nada além de vice-campeonatos, mesmo bem remunerados, mesmo exaltados. Sim, hora de mudar, e mudanças tem consequências, e mesmo a turbulência inicial deve trazer vantagens no futuro.

Temos hoje a chegada de Autuori, bom profissional do qual não sou grande fã, mas chega para preencher um vazio que a torcida identificava já há algum tempo. Contratamos um jogador de ataque com perna preferencial esquerda, que joga pela esquerda, coisa que não fazíamos também há algum tempo.

Mas temos alguns novos reveses. Não entendo PV não estar na lateral esquerda, ou mesmo Tahuan Lara, não vejo necessidade de improvisar com jogadores à disposição do treinador, exceto se há uma questão de grupo.

Também não vejo por que Edenílson ainda é escalado no trio de meias, uma vez que demonstrou não ter capacidade ou qualidade para jogar na posição, muito menos contra times que jogarão fechados o tempo todo, como pode ser na estreia da SulAmericana.

De resto é o time que temos e que precisamos incrementar com contratações, e vejo que nos falta um centroavante indiscutível, embora seja material raro no futebol atual, ainda que ache Wesley com pouca amostragem. Também temos poucas opções no banco. Não temos um ld reserva, nos falta opções de meio campo para organizar jogadas, e Gabriel não tem substituto, já que nenhum outro volante do grupo tem velocidade. E temos a base pouco utilizada até o momento.

Enfim, temos pouco prazo e a diretoria precisa se movimentar, mais do que fez até agora.

Mudando de assunto, até sábado, e depois de quarta, estava decretado o fim dos treinadores estrangeiros, com muita gente cogitando demitir o treinador do Palmeiras após ter levado 3 do São Paulo, e exaltando os nacionais que se retrancam e ganham jogos, como Abel e Roger, mesmo entregando a bola pro adversário. Retranca e jogar no erro do adversário virou nó tático.

Aí o domingo derruba todas as teses com um 4×0 acachapante, principalmente em um primeiro tempo onde os jogadores do SP não identificavam o que era jogador do palmeiras e o que era gramado, e não viram a bola. Já tinha comentarista famoso dizendo da importância do 9 clássico no futebol, e os porcos fazem 4 sem centroavante, com volante chutando de dentro da área.  A ideia que os guris do SP resolvem tudo também caiu violentamente.

Não sou um grande fã do Abel Ferreira, nem do seu estilo de jogo, mas há uma urgente necessidade de pararmos confiar nos analistas de resultados, todos assanhados ao máximo nas vitórias do Flu e SP.

O Palmeiras joga com qualidade. Em grande parte das vezes, quando o time se propôs ao ataque, os zagueiros ficaram no 1×1 contra o atacante, o 9 clássico, e levaram vantagem em todas. No ataque, Dudu levou vantagem em quase todos os confrontos no 1×1, e os meias do Palmeiras entram na área, passam e vão em direção à área. O Palmeiras, ontem, se defendeu com poucos, e mostrou qualidade. O SP, fazendo 3×1, chutou a primeira bola em direção ao gol no pênalti inexistente marcado. Futebol não é só gol, embora seja o gol que decida. Palmeiras empilha títulos porque sabe equilibrar os dois, futebol e gols. Ou um ou outro vencem jogos, não ganham campeonatos.

Pelos pampas, o título do rival foi como o tapa na cara do Ferreira no adversário.

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