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Se eu soubesse a receita certeira para como montar um time, não estaria escrevendo aqui.

Neste ano, e provavelmente em anos anteriores, vimos times bem montados e clubes despendendo fortunas para conseguir meras vagas e nenhuma taça.

Exemplos claros são Palmeiras e Flamengo. Palmeiras despejou fortunas para ter Borja, trouxe Guerra, Felipe Mello, repatriou Bruno Henrique, e não conseguiu montar um time, sendo salvo pelo retorno de Moisés, ilustre desconhecido até um ano atrás.

O Flamengo foi pior, trazendo (mantendo) Diego, Everton Ribeiro, Cuellar, Trauco, Mancuello e o esquecido Conca, além de pagar uma fortuna por Guerrero, e estou esquecendo o Berrio talvez.

O campeão foi o Corinthians, que investiu em Jadson, mas manteve o improvável Rodriguinho e o renascido Jô. Brilho, no meio, não se viu.

O co-irmão venceu a Libertadores com Ramiro, Cortez, Edilson e Fernandinho.

A surpresa do campeonato foi o Botafogo, que já mencionei, impressiona por não ter um só jogador desejado em seu plantel, e talvez belisque uma vaga, sendo certo que por incompetência não foi mais adiante na Libertadores.

Com relação aos egressos da base, a média se mantém, sendo que o campeão tem um jogador formado na base entre os titulares, mais um ou dois que entraram ocasionalmente.

Há um certo contraste com os anos anteriores, em que o volume de investimentos era proporcional ao lugar na tabela no final do ano; como dito, Flamengo e Palmeiras não fizeram jus à regra, e o próprio Corinthians também ficou fora da curva, tanto quanto o co-irmão.

Mas, independentemente dos recursos financeiros, dá pra analisar também os perfis dos times. Os que mais investiram se ocuparam do ataque e não fizeram contratações consagradas na defesa, mesmo se considerarmos Mina. Embora o Palmeiras tenha contratado Juninho e Luan, manteve Dracena, e o Flamengo seguiu com Rever e Juan, acrescentando Rodolfo no meio do ano.

Olhando para o Inter, com ditos parcos recursos para contratações, já se tem notícia do reaproveitamento do Andrigo, e das contratações de Roger e Gabriel Dias, além das conversas com Rômulo. Pouco muda, prioridade de contratações voltada para volantes.

Na verdade, nos últimos anos não se consegue identificar um padrão de montagem de time no Inter, exceto pela concentração das contratações na primeira posição do meio campo, e uma forte tendência a achar que a quantidade pode superar a qualidade, mesmo com o número limitado de jogadores que podem ser escalados.

Infelizmente, na formação do time, a prioridade tem sido jogadores que façam funções de marcação, e não que façam gols; aliás, esse quesito sequer é lembrado como importante em entrevistas e justificativas das contratações.

Dito isso parece que seguiremos em 2018 sem a montagem de um time com peças essenciais, e sem a preocupação de alternativas táticas e mudanças de perfil do time, um dos motivos apontados para a queda de Guto Ferreira. A impressão que se tem, de longe do interior das salas do Beira-Rio, é que não fazem a menor ideia de como se monta um time.

Os guris

Não dá pra chamar de guris os jogadores da sub-23, mas parece que as nabas do nosso time são superiores às nabas dos times dos outros. Estamos na final.

 

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