4.5
(13)

Foi um jogo ruim, de novo, em que poucas coisas funcionaram. Mas esse diagnóstico é fácil, basta ver o placar e quando foi o gol do Inter.

O importante é saber o que mudou do jogo anterior, onde tivemos 18 finalizações contra um time mais forte, e uma miséria contra um time mais fraco.

O primeiro ponto é a troca de posição de Maurício. Esse é um FATOR importante, pois o Inter parece sempre querer acomodar jogadores em detrimento dos que rendem mais. Já fizemos isso esse ano tentando colocar Edenílson na direita, sendo que nossos melhores jogos foram com Maurício pela direita, e não centralizado.

Desta vez, foi retirado da posição onde rende mais para D’Alessandro jogar ali.

Aí perdemos as jogadas com Bustos, e, não deve ser por acaso, Kaíque, que joga pelo lado direito, teve sua pior atuação no Inter, errando quase tudo.

Certo que o gramado impedia a bola de seguir o rumo do passe, mas mesmo assim, houve um decréscimo na movimentação tanto do meio como do ataque. Cardorini até se movimentou, mas como comandante do ataque, e não como um atacante que saía da área abrindo espaços.

Maia também não jogou nada, nem em termos técnicos, muito menos em termos táticos. Difícil vaticinar por 60 minutos em um time sem entrosamento, mas não aproveitou a chance.

Vejo muitas críticas ao PV, mas não passamos dificuldades no seu lado defensivo, e se trata de um jogador ofensivo, contratado com essa característica.

No meio, Johnny não fez bom jogo, não fez a distribuição do jogo que já havia feito, e pouco se entendeu com Maurício e D’Ale. Já Gabriel fez outra boa partida, principalmente na movimentação defensiva, peça essencial no esquema do Medina.

Nossos problemas estão do meio para frente, pois não temos marcados gols. Não é de agora a dificuldade contra times que se retrancam e jogam com os 11 jogadores atrás da linha da bola, mas é exatamente contra esses times que precisamos emplacar vitórias. Já foi assim em muitos anos anteriores, mesmo com Coudet, essa dificuldade em transpor linhas fechadas e compactas.

O primeiro ponto é o número pequeno de conclusões ao gol. O Inter tem dificuldades de chutar de fora da área. Compreensível quando a escolha é por volantes no lugar de atacantes e meias, mas não podemos ficar restritos aos chutes do Maurício. David, quando ingressou, chutou. Deveria ser requisito para contratações jogadores que chutam de fora da área, ou mesmo de dentro. Já melhoramos desde o início do ano, mas ainda são poucos os que chutam e poucos chutes.

Um segundo ponto é uma bola aérea mais eficiente. Notei que o Inter está com aproveitamento muito baixo na bola aérea, e isso precisa melhorar com cruzamentos melhores, para posição específica do atacante. Ao que parece, ainda não temos isso, exceto em bolas paradas.

Medina seguiu fazendo testes em um jogo que valia muito pouco, cuja possibilidade de reversão da situação da tabela era pouco provável. Assim, ainda era momento para testar novas situações, como Cardorini e Maia, e dar ritmo para PV (que cansou nos jogos que atuou). Caio Vidal segue tomando decisões erradas após o drible, e Cardorini errou as situações que criou, mas mostrou entrosamento no passe para Caio Vidal fazer o gol. Nessa fase, Edenílson já jogava como segundo volante, e David foi acréscimo de movimentação.

O time melhora com Taison, inclusive no aspecto anímico, mas é o carregador de bolas entre os dois campos que tem feito diferença, além da iniciativa na proposição das jogadas, mas o Inter não pode depender dele para conduzir o time. Já vimos isso antes, e não acaba bem.

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