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Senna
Divulgação/Twitter @McLarenF1

Ontem, 07 de novembro, fez 23 anos da última vitória do Ayrton Senna na Fórmula 1. Foi no Grande Prêmio da Austrália de 1993, última prova daquela temporada. Em 1992 estava tudo certo para que o Senna corresse a temporada seguinte pela equipe Williams, faltando apenas um detalhe: que Alan Prost permitisse, pois o francês já havia acertado com a equipe inglesa de carro azul… Senna acabou seguindo na McLaren e o resto é uma história que a maioria conhece.

Pode parecer exagero para alguém que sempre fez tudo parecer mágico para quem assistia toda vez que entrou em um carro de corrida, mas 1993 foi pra mim, mais do que nunca, o ano que o Senna guiou como gênio. Foi o ano em que ele venceu no Brasil e terminou nos braços da torcida que invadiu a pista de Interlagos (em 1991 ele acabou a corrida e venceu apenas com a sexta marcha do carro nas últimas voltas), foi quando ele fez a primeira volta mais espetacular de todos os tempos em Donington park , nessa mesma temporada ele garantiu sua hegemonia histórica no mais tradicional circuito do automobilismo mundial: Mônaco. De quebra venceu ao todo cinco corridas com um carro inferior, sem a chamada “suspensão ativa” e sem o câmbio automático dos rivais. Sensacional!

Mônaco merece um destaque. Na carreira do Ayrton Senna correndo pelas ruas do principado foram 6 vitórias em 10 participações,  sendo que na primeira em 1984 ele foi garfado (acabaram a prova antes dele passar o Prost) e em 1988 ele bateu na mureta com quase um minuto de vantagem sobre o francês… que tinha o mesmo carro (ele queria dar uma volta em cima do então colega de equipe – isso só aconteceu em 1993 😀 ). Um fato curioso é que entre 1984 (ano de estreia do brasileiro na formula 1) até 1993 –  ano de sua última participação em Mônaco só ele, Senna, e Alan Prost venceram a corrida em Monte Carlo.

Engraçado notar que meus maiores ídolos no esporte tiveram seu auge pela metade dos anos 80 até metade dos anos 90: Ayrton Senna, Miguel Indurain, Michael Jordan e o nosso Taffarel. A parte de suas aptidões atléticas – Senna era um robô em concentração, Indurain tinha o singelo apelido de “extraterrestre” pela sua tremenda capacidade cardiorrespiratória, Michael “air” Jordan dispensa apresentações e Taffarel apesar de “nanico” para a posição (1,83 m de altura) tinha um tempo de resposta absurdamente rápido, não foi isso que fez deles gigantes respeitados em suas áreas.

Não era o talento que eu admirava neles, era sua mentalidade vencedora. Foi isso que fez deles grandes campeões. Nenhum desafio era maior que a força de vontade deles. Nenhum deles nasceu pronto e tiveram de ir lapidando até ter a excelência no que se propuseram a fazer.

Bem ao contrário do enfadonho espetáculo que nosso time tem nos proporcionado. Não bastou quase ser rebaixado ano passado. Tem esperar por uma vitória dada pelo destino contra o então lanterna do campeonato (Santa Cruz) e jogar no lixo dois pontos que nos teriam deixado fora da zona de rebaixamento.

Impera no INTER uma mentalidade perdedora, e isso vem se perpetrando no clube a anos. Desde a era Asmuz o clube não teve mais o mesmo ímpeto. Ficou infestado pela soberba, quando passou a brincar de Robin Hood, tirando pontos dos times maiores e perdendo para os menores. Quando parecia que a realidade do clube passaria a ser outra, a mentalidade perdedora se acomoda e espera que os pontos caiam do céu, um novo Fernandão surja na porta do clube e acorde novamente esse time. Se nem o eterno capitão conseguiu dar um norte a esse time e suas zonas de conforto, que esperança podemos ter de que vamos terminar com o mínimo nesse campeonato?

“Time grande não cai?” É a versão “carvalhiana” do “Eu acredito”, mais um mantram derrotista. Mano Fernando, qualquer time cai, basta não fazer o trabalho básico certo.

Saudade do tempo que isso era apenas futebol. É uma mais uma máquina de girar/gerar dinheiro do que de produzir sonhos. Enquanto se estampa o logo do time em tudo, desde camisetas, passando por canecas, bolas, agencias de viagens e, agora, universidades… alguém se dignifica a informar quem embolsa cada centavo que circula pelo clube a toda sociedade? Vocês sabiam que é obrigação de toda entidade cuja natureza jurídica é “associação civil sem fins lucrativos” (o caso do INTER, conforme está no estatuto) a dar total ciência aos seus associados sobre cada centavo que circula na associação? Hoje é quase como uma igreja: circulam milhões, não pagam impostos além das obrigações trabalhistas e se prestam esclarecimentos no mínimo falhos.

Bom, voltando ao futebol: vocês sabem quantos jogos o INTER ganhou com o William no meio campo e o Seijas no banco sem entrar? anotem aí: ZERO. (fonte)

Não gosto de causar desespero, mas olhem os números abaixo:

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fonte: wikipedia

Parece que, matematicamente, estamos dentro da realidade que nosso técnico permite. Sendo otimista, sem olhar nenhuma peculiaridade além de focar em ter algo próximo a 50% de aproveitamento, dos próximos 12 pontos, para conseguir cinco ou seis precisamos de um aproveitamento que não parece factível e ainda assim ficamos com 43/44 pontos. Até não acho que o Celso Roth seja fraco tecnicamente. Eu gosto de ver os times que ele monta quando não tem uma síndrome de… Celso Roth, como por exemplo na final da Libertadores de 2010 e no primeiro jogo contra o Atlético-MG pela CoBra em 2016. Só vejo ele como mais um que tem mentalidade e atitudes derrotista fazendo com que ele não tenha força anímica de motivar e ser melhor aceito.

O Roth consegue a proeza de sabotar o seu próprio trabalho, inclusive desfazendo os acertos que ele acha e se isso acontece por vontade própria ou “forças ocultas” é um problema dele que não nos cabe ter compreensão. Em nosso escopo está apenas exigir o melhor resultado. “Torcedor torce”, não é mesmo? E se isso, o melhor resultado, não vier começamos cortando a fonte (Money). Essa porra não é dogma, medida de caráter ou coisa que o valha, é pra ser apenas diversão e quem disser algo diferente disso está tentando te manipular. Então, não nos façam perder tempo com explicações vazias e trabalhem por resultados.

Se for pra cair iremos com brio. Caímos e pronto. Se chororô, pois essa torcida não merece a queda. Ela fez tudo certo, inclusive levando o time nos braços quando ninguém mais acreditava. Se o descenso acontecer, paciência! Sem drama porque quem nos colocou nisso podem ter certeza que nem bem o juiz apita o fim da última partida vai estar rindo e tomando whisky blue label enquanto escolhem de quem é a vez de sentar na cadeira de presidente em dezembro.

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O Piffero Mereceu os 5×0… Nós NÃO!

Por fim, não posso esquecer de falar do seu Paulão… Ha! O Seu Paulão! Segundo o Pífero ele faz gols. Já segundo um rápido levantamento ele afunda o time, sem prejuízo de mais “entregadas”, podemos destacar:

a) INTER  0 x 0 Chapecoense – seu Paulão erra pênalti que pediu para bater
b) São Paulo 1 x 2 INTER – Lugano sobe e Paulão com seu pulinho raso fica olhando o uruguaio fazer o gol.
c) INTER 0 x 1 Grêmio – Dr. Paulão assiste ao genro do Renato Gaúcho (Douglas) fazer o gol
d) Santa Cruz 1 x 0 INTER– Jogador marcado pelo Paulão recebe na aérea e faz a assistência para o Keno marcar
e) INTER 0 x 1 Palmeiras – Paulão não consegue marcar o atacante do palestra que toca pro Dudu livre marcar
f) Ponte Preta 2 X 2 INTER – Roger entra pelas costas do Paulão e faz o crime… bye bye 3 pontos
g) Chapecoense 1 x 0 INTER – Paulão deixa a bola passar por debaixo do seu pé e levamos o gol da derrota. Pra festejar a falha ainda abraçado sai com o algoz
h) INTER 1 x 1 São Paulo – Paulão faz o pênalti que resultou no gol de empate paulista
i) INTER 0 x 1 Vitória – Paulão deixa um jogador livre na área. Sem problemas… até ele marcar o gol de nossa derrota
j) América MG 1 X 0 INTER – Jogador que fez o gol deveria estar sendo marcado pelo Paulão Beckenbauer e seu faro de gols
k) Atlético MG 3 X 1 INTER – Primeiro ato: Paulão assiste Clayton marcar. Segundo ato: Paulão quase cochilando assiste Pratto passar por ele e marcar. Terceiro ato: nos fodemos.
l) INTER 2 x 1 Flamengo – Rever cabeceia livre… tente adivinhar quem era o marcador
m) INTER 1 x 1 Santa Cruz – Leo Moura na frente do Paulão cabeceou para empatar
n) Palmeiras 1 x 0 INTER – Paulão cede o escanteio. Até aí normal, mas depois, não contente, oferece condições para o Cleiton Xavier marcar

Que São Fernandão nos proteja!

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