Haja Coração

Eu andei sumido por um tempo porque tive de resolver alguns problemas pessoais. Esse escopo de perrengues inclui minha mãe ter contraído o famoso Covid-19. Mas, após o susto, doses de Cloroquina e outras paradinhas, ela passou assintomática e se curou do bicho xing-ling.

A rapaziada do BV foi parceira demais, gostaria aqui de deixar registrada a camaradagem. Mas, por mais camaradagem que exista, é chegada a hora de fazer algo pela vida.

E isso começou assistindo o último jogo do INTER. Bastou o primeiro tempo e um pedaço do segundo para ensinar importantes lições ao meu enteado. Ele soltou a pérola: Cristan, eu não acompanho muito futebol, mas esse jogo é o pior que eu já assisti na vida. Do alto dos seus 11 anos não tinham muitas referências piores. Mas é bom pra moldar caráter, ter paciência e saber que tudo pode mudar… ou não.

Era um jogo tão murrinha, mas tão murrinha… que até o Musto fez gol. Jogar usando a 5 do Falcão chega a ser até uma espécie de heresia. O Musto não é um mal jogador, o problema é que não tem muitos outros piores que ele. As vezes parece que a bola atrapalha um pouco. Honestamente, ainda não consegui definir o problema dele. Ele joga dois minutos de forma aceitável até que no instante seguinte destrói a parca confiança que vinha ganhando. Mas, fato é que ele fez gol, um belo gol por sinal, que deve garantir a titularidade dele até o aniversário de 200 anos do INTER ou durante toda a passagem do Coudet pelo clube, findando o vínculo de mais um espetacular com “nosso time” no que acontecer primeiro (Coudet-tchau ou bicentenário).

Pode não parecer, mas eu gosto do Coudet, é tipo um Celso Roth que fala espanhol, com pitadas de Tite, melhorado. Parece que ele está construindo alguma coisa. Se “essa coisa” vai nos levar a algum lugar só os jogos dirão. Estar tendo um trabalho em construção é no mínimo interessante. Não se percebia isso desde a era Aguirre, aquele castelhano que vai me fazer levar o ódio ao Geferson para o resto dos meus dias… resto dos meus dias e além. Quem escala Geferson em Semi-final de libertadores? “Gueferson”, Aguirre?! NO! Ele ainda me deve pedido de desculpas pelo gol contra. Aquele maldito gol contra…

MAS, voltando ao jogo…

Daí o Potker fez o que se espera dele: bobagem. Consegue ser expulso com um falso tapa. Quem dá um tapa em jogo profissional? Tá bom! eu sei: o Potker!

Eu tento não xingar quem está onde eu adoraria estar. Seria perfeito estar ganhando um bom dinheiro, jogando futebol e atuando pelo Inter. Qualquer um de nós faria isso até de graça, só pela comida. Mas quem está lá é o Potker… é difícil amigo! Parece que ele, ao contrário da minha mãe, não tem histórico de atleta. Eu lembro que ele era disputado a tapa por vários clubes quando estava na Ponte Preta. Eu fico pensando se não nos entregaram o “Potter” errado e ficaram com o legítimo. o Potker da Ponte Preta tinha média de gols acima de 0,5 gol/jogo. O Poker do INTER mal arranha 0,2 gol por jogo.

Mas, enfim, não vou xingar o menino. Ele provou que uma teoria minha estava certa. Eu tinha uma teoria de que era muito melhor jogar efetivamente com 10 em campo do que estar na ilusão de ter 11 jogadores interessados em ganhar o jogo. Nada de novo, uma simples adaptação de que uma maça podre (ou um atacante sonso) apodrece um barril inteiro.

Parece que o juizão olhou pro Potker e disse: não… tu está muito ruim! Vai tomar um banho mais cedo, meu filho. (#Gracias Juiz)

Graças também a São Fernandão conseguimos reverter um jogo modorrento em vitória. Mal comparando, o Atlético-GO parecia estar para o INTER o que o Bayern de Munique parecia para o Lyon na tarde daquele mesmo dia. MAS, devido a intercessão divina de FernanDeus, ao Juiz e ao Galhardo (e, porque não? ao Musto…) marcamos três gols e somamos mais 3 pontos.

Agora só faltam 39 pontos para o objetivo do ano. Vocês sabem qual é. Aquele que matematicamente garante jogar a Séria A ano que vem: os cabalísticos 45 pontos. Não me xinguem, porque com esse time? Além disso é lucro.

E como eu queria um caneco de lucro…