Cassino Royale
Tem uma frase que eu uso reiteradamente para explicar a aleatoriedade das coisas que vemos acontecer no curso de nossos dias: a vida é um grande cassino onde alguns tem mais sorte e fichas para apostar.
Ontem vendo o Fabricio, goleiro do nosso time que foi importado diretamente de Nova Iguaçu, foi mais uma prova cabal de que além de um aforisma de um interiorano é uma verdade, um axioma.
Pode ser que eu queime a língua nos próximos jogos, mas, o que ele mostrou nas partidas que atuou, até agora, justificou com sobras a sua contratação. Gostaria de aproveitar a oportunidade e dar parabéns ao olheiro que percebeu esse talento durante aquela partida que já apagamos da memória e quem teve coragem de bancar a contratação, além de desejar sorte e sucesso nessa oportunidade para o jogador.
Nisso, retomo uma dúvida que eu carrego comigo desde a infância: quantos jogadores perdidos pelo futebol amador e que jogam melhor, com mais habilidade e técnica do que os dito profissionais estão perdidos e sem chances, como a que se criou para o Fabrício por conta de um capricho do destino?
Mas, como diria algum personagem de Lost, uma das duas e únicas séries que eu gostei e consegui assistir todos os episódios, dado que sou da tribo que prefere mais assistir filmes a séries: as coisas são como são e o que está feito… está feito.
Tem uma parte da série que o misterioso personagem Desmond tenta de diversas formas evitar a morte de um dos “perdidos”, mas independente do que ele faça, o desfecho é sempre o mesmo. Parece uma metáfora para nossa coleção de vices no Brasileirão? Não sei, mas seria lindo no final do ano ter essa história de redenção coroada com o tão sonhado e desejado troféu de conquista do Brasileirão novamente brilhando no Beira-rio.