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Quando cheguei em casa ontem, estacionei o carro na garagem e com o rádio ligado não tive como fugir de uma pitada de propaganda eleitoral. De repente, minha mente percorre em flashbacks esses últimos anos até estacionar a mais ou menos quatro anos atrás, numa noite de sábado, véspera de eleições majoritárias – segundo turno, quando eu estava sentado com um amigo numa mesa de bar tomando cerveja, conversando despretensiosamente e olhando para as mesas ao lado. Nesse instante, pelo menos pra mim, esses quatro anos parecem que foram 40… uma vida inteira.

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Vamos pensar no que aconteceu com o INTER. A quatro anos atrás o time já vinha numa sequência de anos medíocres. Sempre a mesma média de resultados com algum sobressalto de qualidade até que em 2017 fomos fritados na banha da segunda divisão. Não sem merecer, os tijolinhos desse poço foram lançados um a um a cada ano de mediocridade com misturas de “logo melhoramos”.

A foto não explica nada, só achei bonita mesmo… From Playboy

Nesse domingo acabei não assistindo a partida. Estava envolvido com movimentações político-partidárias. Mas, esse assunto é vetado aqui no BV, tá ok? E no tocante ao jogo do INTER, acabei me desligando dele quando descobri que estava 1×0 para o adversário. Como eu já estava com aquela sensação ruim de ter acabado a magia do conto de fadas não imaginava resultado diferente que a derrota… no máximo um empate.

Habemus Zaguerum

Para minha surpresa, quando chego em casa e pesquiso como foi o jogo, não foi o que eu havia imaginado. Confesso que pus um sorriso no rosto ao ser surpreendido positivamente.

Uma coisa que eu sempre detestei no perfil de alguns torcedores gremistas é a condição de que devemos ser agradecidos pelo simples fato deles existirem, são a partícula essencial do universo – vulgo “a última bolachinha do pacote”. Como se tudo lhes fosse devido. Ou ganham, ou são prejudicados. Os outros quando vencem, não tem valor.

Por outro lado, o que provamos tanto na nossa ascensão, quanto na nossa queda, é que somos tão bons quanto as condições do nosso trabalho permitem ser… ao passo que caímos tanto quanto nossas deficiências nos levam ao chão. Salvo um resmungo ou outro… a culpa, no final, sempre foi nossa, seja a vitória ou seja a derrota. Somos parte do universo e não o centro dele.

Fomos ao fundo do poço, perdemos a posição e prestígio que tínhamos, quase quebramos, fomos roubados (plata o plomo?)… mas, no final, não nos tiraram nada porque seguimos humildes e fortes quer seja na glória, quer seja na dor.

Por isso, eu tenho um orgulho imenso por cada um de vocês! São vocês que torcem quem me orgulham de ser colorado. Não é nenhum troféu, nenhum título… Elas são, as vitórias, apenas os cristais postos na prateleira dos nossos valores. Porque vitórias e derrotas são ciclos na vida. Mas os valores que levamos, trazemos conosco tanto no céu quanto ao inferno.

Esse time do INTER não está, até agora, seguindo o roteiro dos anos anteriores. Por isso nos enche de otimismo. Pelo menos dos quatro anos anteriores eles estão com um perfil completamente diferente. Espero que mantenha o espírito de luta e garra por muito mais do que os próximos quatro anos. Eu estou procurando manter a tranquilidade e não me empolgar muito… mas alguém sabe se o mundial do ano que vem é no Japão?

 

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