A Covardia da Imparcialidade
O título do post era para ser “Terceira Guerra Mundial”. Eu tinha preparado apenas o título no sábado quando então, ingenuamente, eu pensava que iria ver um bom clássico, um jogo disputado e histórico no domingo. Esperava por um embate digno de Superbowl. Ingenuidade mesmo, pois o clássico Grenal 411 não chegou a ser nem mesmo um jogo de futebol, muito menos uma disputa histórica.
O empate, nas circunstâncias que foi, acabou se apresentando como um bom resultado. Mas, no fim das contas não tenho mais certeza se escapamos da queda. A contagem de pontos está apertada e o “universo” não tem conspirado a favor.
Não sei quais são os critérios, ou até mesmo os interesses, que levam a certas escolhas no campeonato. Por exemplo, no jogo de domingo, quando o que mais se comenta nesse campeonato brasileiro fraco tecnicamente é a pífia e duvidosa qualidade apresentada pelos árbitros. Se espera então que num dos mais tradicionais confrontos coloque-se alguém cujo nome seja respeitado. Certo? ERRADO! Se a CBF fosse uma pessoa, estaria dizendo: “vamos colocar um com fama de arregão e caseiro pra mostrar que é a gente quem manda!”
E o ungido, digo, escolhido, teve a clássica atuação de árbitro que quer encerrar o jogo sem se comprometer: faltas a esmo marcadas no meio campo e toda bola dividida era da defesa – mesmo que pra isso tenha de marcar falta do atacante que levou pontapé na canela (né, Vitinho?). Como um item básico dessa cartilha de “isentão”, quando expulsa alguém de um time tem de por pra fora alguém da equipe adversária. Isso é lição básica para se graduar como árbitro “dr. Imparcial”. O resultado foi um jogo horroroso, amarrado e com atuação desastrosa da arbitragem.
Não tem o que comentar da expulsão do Rodrigo Dourado. O sr. Francisco Carlos do Nascimento conseguiu a proeza de expulsar nosso melhor jogador em campo que foi apenas puxar um companheiro e foi recebido a socos e, pior, depois dele mesmo ter dado sinal para reiniciar a partida.
Ingenuamente eu achei acertada a atitude do Ceara de tirar os jogadores do Inter de perto da confusão armada pelos jogadores do grêmio. Segui achando isso quando o juiz deu sinal para os jogadores gremistas se afastarem e continuar a partida. Mas isso deu margem para que eles arranjassem a expulsão do Rodrigo Dourado.
Outra parte “isentona” é a imprensa. Dizem, ninguém torce para time algum que seja profissional, todos alegam ser totalmente imparciais. Sinceramente, se fossem claros não me incomodaria em nada que a notícia fosse tendenciosa. Se eu estivesse na imprensa, se bobeasse, até bandeira do Inter ia ter na minha mesa. Tipo Falcão em 1995, grêmio campeão da Libertadores e o assunto principal da coluna é… O Caíco.
Mas, os senhores e senhoras da imprensa e a sua “imparcialidade” é algo irritante. A forma com que uma derrota do grêmio para qualquer time vira uma epopeia épica e a maneira com que uma vitória do INTERNACIONAL sobre qualquer adversário é um mero acaso pois o time mostra muitas fragilidades… cansa. Enche o saco ver estádio com meia dúzia de pessoas e ter imagens e microfones focados onde ficam as organizadas para encher os olhos e ouvidos tricolores. Nem vamos falar de títulos, para nossa alegria desde que o grêmio virou imortal se tornou um time de ambições medíocres. Que assim seja para todo o sempre, com a eternidade que lhes agrada e a nós que reste as taças que nos contentam
Por fim, senhoras e senhores “isentões” e “isentonas” da imprensa peguem as suas pautas, enrolem o papel e encostem ele na nuca. Feito isso, desliem o rolo pelas costas e guardem o material jornalístico no primeiro orifício que encontrarem.
PS: estou com cansado até mesmo de usar o termo greNAL. Onde está escrito que o INTER tem de vir depois do grêmio? Como diria o velho “Gargamel” Fossati, o clássico INTER-gremio.