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Nikola Tesla

Nikola Tesla foi um grande cientista nascido no império Austríaco (hoje a região pertence a Croácia). Certamente uma das mentes mais brilhantes que passaram pela terra. Se mais algumas de suas ideias tivessem sido levadas adiante, provavelmente hoje estaríamos usando energia elétrica sem precisar pagar por ela.

Em suas pesquisas ele chegou a conclusão de que os números 3, 6 e 9 regeriam as forças presentes na natureza. Vocês podem entender um pouco mais no vídeo abaixo.

 

Porém, eu costumo usar isso como regra de aplicação prática.

Imagino que vocês não conheçam a teoria da regra de ouro das finanças pessoais. Falo com certa convicção de que vocês não conhecem porque fui eu quem inventou. A regra de ouro diz que não se deve comprar nada fiado! Se não tem o dinheiro, não compre. MAS, como nem sempre é possível e a necessidade manda, o parcelamento não deve se estender acima da vida útil do bem. Por exemplo, pode queimar a geladeira ou a máquina de lavar e a reserva de emergência foi gasta no conserto do carro… quem nunca passou por um perrengue?

Ao contrário do que pode parecer, as compras parceladas não aumentam o seu poder de compra… pelo contrário! As compras parceladas reduzem a sua riqueza. Por que isso acontece? Por vários fatores, o primeiro é o óbvio: vai ter-se uma despesa comendo parte da renda futura. Outro fator poderia ser psicológico, é fato de que o efeito da compra de algo novo não dura muito tempo no nosso cérebro e nisso somos levados a consumir mais e é estatisticamente provado de que quem está endividado – entenda isso, a compra parcelada é uma dívida – consome mais, seja por necessidade ou por impulso.

Mas o que Tesla tem a ver com os pródigos?

Eu notei fatores bem interessantes. A primeira é que as pessoas não conseguem sair de um processo de compras “no fiado” para compras a vista. Nisso, reduzir o número de parcelas auxilia no tratamento do paciente: sua conta. O máximo de compras que puderem ser feitas em no máximo 3 meses, vai tornando o fluxo de caixa melhor controlado. Provavelmente porque a pessoa começa a consumir mais dentro das suas reais possibilidade financeira.

Quando chegam nesse ponto, recomendo que comece a guardar um pequeno valor do salário mensal e comece a fazer as compras de bens duráveis a vista usando essa reserva, ao passo que programe restituir o saldo utilizado, além de manter a programação de reserva do salário. Resumindo: a pessoa passa a fazer o próprio crediário.

Isso deve soar estranho para o Louis e mais outros que moram mundo afora porque compras parceladas é mais comum aqui do que em qualquer outro país do mundo.

A Mentira da Taxa Zero

Quando as vendas são feitas e o pagamento é efetivado via cartão, do valor da compra um percentual vai para a operadora da maquininha (credenciadora – Cielo, Getnet, Elavon…), também para o emissor do cartão (Bancos) e ainda sobra um quinhão para o gestor do cartão (bandeira – Visa, Mastercard, elo…). Além disso, a empresa que te vende algo ou te presta um serviço tem seus custos fixos mensais (fornecedores, funcionários, etc…) e, não bastasse isso, estoque e tempo ocioso também são custos que tem de estar precificados, ou seja, embutidos no valor do que a gente adquiri.

Isso exposto, vocês ainda acham que alguém vai te dar dinheiro de graça ou que esses custos já estão embutidos no preço?

Sem contar que ao longo do tempo o dinheiro vai perdendo seu poder de compra. R$ 1,00 em 1994 não compram mais as mesmas coisas em 2020. A mesma coisa o Dólar e qualquer outra moeda do mundo.

Taxa zero? Sério mesmo?

“Não Existe Almoço Grátis”

Não caia nessa como desculpa pra comprar fiado… Mesmo que você não consiga um desconto pelo pagamento a vista não faz sentido você fazer parcelamentos. Quanto mais baixa for a sua renda menos sentido faz parcelar. Isso é uma herança dos anos de inflação galopante em que não tínhamos referência alguma de valor ao longo do tempo. Saia dessa armadilha e deixe seu dinheiro livre pra vocês.

A Famigerada Tabela Price

Acabou de Assinar Contrato de Financiamento

Apesar de ser apresentado por um inglês no Século XVIII (Richard Price), também é conhecido como sistema francês de amortização. Ele trabalhava para a principal seguradora na Inglaterra naquele tempo, e um trabalho que ele fez foi desenvolver uma tabela pra calcular o prêmio dos seguros. Prêmio é o valor que a pessoa paga para estar segurada. A tábua de cálculos ficou tão famosa que foi usada até pelo governo inglês para estipular o valor das aposentadorias. Price, aparentemente, era meio ruim de contas ou astuto, porque descobriu-se anos depois que sua tábua de cálculos continha erros que estipulavam seguros mais caros do que o necessário.

Isso exposto, gostaria de lembra-los de que é uma fórmula apresentada por esse cidadão que faz a alegria de quem adora uma parcela. As tabelas de financiamento e empréstimos são calculadas pela tabela Price. Sabe aquela sensação de pagar, pagar… e a dívida nunca diminuir?

Pois então… Não é impressão, qualquer que seja o prazo os compromissos calculados com base na tabela price tendem a se manter no mesmo valor original até atingir 2/3 do prazo total pactuado. Ou seja, se sua dívida é para ser paga em 10 anos, você fica quase 7 anos pagando sem quase nada mudar, em alguns períodos até aumentar o compromisso.

Carinhosamente eu chamo a tabela price de Tabela do Diabo: é a usura em estado puro.

Se pelas aventuras e desventuras da vida vocês tiverem de cair no regramento preferido do coisa ruim, aquele feito pelo amigo Price, optem dentro do possível para não exceder 36 meses (aqui é outro dos fatores interessantes que venho observando ao longo do tempo). Desde que a taxa fique a mesma, é a melhor relação valor de parcela x pagamento de juros. A partir da linha imaginaria de 36 meses o valor da parcela vai reduzindo menos. Abaixo eu fiz uma brincadeira de R$ 10.000 com taxa de 1% ao mês. Vocês podem fazer o brinquedo de vocês no site do Bacen:

Valor Financiado     Prazo              Parcela
R$ 10.000                  12 meses       R$ 888,49
R$ 10.000                  24 meses      R$ 470,73
R$ 10.000                 36 meses       R$ 332,14
R$ 10.000                 48 meses       R$ 263,34
R$ 10.000                 60 meses       R$ 222,44
R$ 10.000                 72 meses       R$ 195,50
R$ 10.000                 84 meses       R$ 176,53
R$ 10.000                 96 meses       R$ 162,53
R$ 10.000               108 meses       R$ 151,84
R$ 10.000               120 meses       R$ 143,47

Por hoje era só pessoal….

E o Inter?
Espero que volte logo!

Construir uma torcida financeiramente independente é fazer uma torcida mais forte!

Dúvidas, perguntas, questionamentos… senta o dedo nos comentários!

Por Hoje é só Pessoal!

 

 

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