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PORQUE O NOJO

Um discurso bem treinado.

 

Outro discurso treinado. Certamente somos imbecis, tenho absoluta certeza disso. Até um recém chegado sabe que torcedores são idiotas. Viramos palhaços para o mundo.

 

PORQUE O INTER FRACASSA

Estou lendo um e-book: “Porque as nações fracassam”. Pode ser baixado free aqui: https://tinyurl.com/yaymwjwb

É fascinante! A ideia básica é de que nações fracassam porque o poder político, estritamente concentrado, vem sendo usado para gerar riqueza para aqueles que já a detêm. Países como o Reino Unido e os Estados Unidos enriqueceram porque seus cidadãos derrubaram as elites que controlavam o poder e criaram uma sociedade em que os direitos políticos eram distribuídos de maneira muito mais ampla, na qual o governo era responsável e tinha de responder aos cidadãos. Os resultados econômicos chegam por vias políticas.

O Inter fracassa e seguirá fracassando (podem me apedrejar) porque há uma elite que o comanda há 16 anos e que não deve nenhuma explicação sobre seus atos aos torcedores. O exemplo mais recente foi do contrato do William, cercado de total mistério quanto às suas cláusulas. E o que dizer da situação do Moledo, Rever? E as escolhas de treinadores? E a contratação de jogadores sem qualificação como o Cirino mas que tem por respaldo uma máquina poderosa como a Doyen?

Inter é uma potência econômica mas em termos dos seus objetivos – ser um time de futebol – é atualmente um fracasso.  As causas disso não passam por treinadores, jogadores, esquemas de jogo, nada disso. A razão é uma só: poder quase imperial que se perpetua sem contestação.

A não compreensão disso nos leva a seguir tangenciando o problema e insistindo na estéril discussão se deve jogar no 4-2-3-1, 3-5-1-0, 1-9-0 ou qualquer irrelevância dessas, assim como prosseguimos com imprecações contra os fabinhos, sashas, junios, ernandos, como antes já o fizemos contra bolivares, rafaéis mouras, anselmos, andersons, paulões….  Esse nível de envolvimento do torcedor serve ao poder: desvia o foco sobre o que realmente importa.

Assim, sinto dizer, quando nos debruçamos sobre  o que apresenta o Inter há vários anos com essa forma de olhar e comentar, estamos sendo os inocentes úteis que auxiliam a perpetuação do status quo ditatorial. Não se ofendam: digo isso de mim para mim também. Inúmeras vezes me pego escrevendo coisas desse tipo.

 

GUTO FERREIRA

Não é nada como treinador e nunca o será.  Aos 51 anos de idade já tem 24 anos de “estrada” como treinador (começou em 1993) e tem agora pouco tempo de “vida útil”.  Sabe que seu destino é ficar borboleteando e engordando por clubes de menor expressão, entre eles (me apedrejem de novo)  o atual Inter.

Seu negócio é fazer o que lhe mandam e atualmente obedece como um cachorro bem amestrado: bota isso (não esse!), bota aquilo como chama mesmo? Ernando, é isso, joga sem meias, bota o fulano esse que é da Doyen e eles querem que jogue, não ataca pelo amor de Deus pois corre  o risco de  fazer gol, tira o Nico pois ele é um perigo e pode chutar alguma bola ao gol, retranca mais, bota o Juan faltando 10 minutos para dar um cala-boca nos torcedores, espera terminar para ganharmos 1 ponto e depois, vamos comemorar e bebemorar o resultado  em um restaurante, por não termos tomado gol, mesmo que não tenhamos chutado uma mísera bola a gol; logo pegamos o voo fretado para voltar, junto com Baldasso com a camisa vermelha; essa de dizer que voo fretado reduz o desgaste dos jogadores foi uma boa sacada pois na verdade é uma bela mordomia aos abnegados dirigentes que trabalham de graça e no voo, sempre se podem levar os amigos.

Good boy! Agora senta, rola, dá a patinha… “Ô Capo di tutti capi, Deus que tudo manda e tudo pode, escolhemos bem de novo o treinador, hein? Por favor, diz que sim, precisamos de um orgasmo urgente” repetem esquizofrenicamente  os ungidos dirigentes de plantão, cagados de medo de perder prestígio aos olhos do Deus que tudo pode e tudo faz, e que lhes concedeu o carguinho.

Treinadores estilo esse “que aí está, como o foram os antecessores Roth, Argel e Zago, são emblemáticos da condução oligárquica dos destinos do Inter. Para esses, treinadores devem servir aos propósitos do poder, não necessariamente que isso atenda aos interesses do clube como entidade voltada à prática do futebol.

 

TORÇO CONTRA: A QUE PONTO CHEGUEI

Pelo amor dos meus filhinhos (bordão famoso do Silvio Luiz), nunca pensei que chegaria à esse ponto, mas aqui estou e vou dizer o que vou dizer. Nem temo mais apedrejamentos pois pedras na redondeza já não mais existem para serem atiradas e poucas pessoas estariam interessadas em ir buscá-las longe para jogar, mas agora torço contra o Inter. Pode uma coisas dessas ? Eu posso porque o tal “Inter” que era aquele, lembra?, campeão disso e daquilo, aquele que ganhou alguma coisa no  Japão um dia, esse acabou. O que está ai é um amontoado que bota a camisa daquele time para iludir os trouxas, pegar sua grana como “sócios” (sócio? eu não o sou há alguns anos) ou lhes fazer ir ao campo para ver um nada jogar. É um cover, é fake.

Não torço contra “O INTER”; torço contra “ESSE INTER” que já foi grande e que está ai, onde está.

Torço contra porque não é mais o Inter que conheci que vejo em campo e  pelo fato de que os outros que jogam contra são tão pobres mas têm humildade, se esforçam muito para enfrentar o que imaginam  ser um Golias e por serem os Davids na história, me comovo e torço por eles….

Que atire a primeira  pedra aquele que nunca teve o mesmo sentimento e que sempre teve vergonha de admitir isso. Pronto, aí está: falei!

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