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O tema de hoje é antropologia. Peguei essa definição no Google:

Antropologia

substantivo feminino

Ciência do homem no sentido mais lato, que engloba origens, evolução, desenvolvimentos físico, material e cultural, fisiologia, psicologia, características raciais, costumes sociais, crenças etc.

Darwin desenvolveu as teorias da Evolução da espécie e da Seleção natural. Ou seja: evoluímos de outras espécies e sobrevivemos porque os mais capazes se adaptaram muito bem a todos os meios, sejam eles inóspitos como os polos, sejam cálidos como os trópicos.

Essa adaptação é que faz a glória do home sapiens.  Creio que essa mesma capacidade de adaptação faz o tal sapiens sofrer muito, seja pela escassez de comida, seja pelo árduo trabalho de procurar a mesma, buscar água também muitas vezes insuficiente e suja, ter que trabalhar para ganhar o minguado pão de cada dia, com dores as mulheres sapiens   (apud a “querida”) tem seus filhos ou tinham antes da anestesia, os meninos e meninas sapiens  tem que acordar cedo para ir à escola aprender quais são os afluentes do lado direito e esquerdo do rio Amazonas, um conhecimento indispensável para se saber quais são esses afluentes e que terá importância fundamental em toda a sua vida.

Eu próprio, um colorado sapiens lembro perfeitamente dos rios Negro, Madeira e Solimões; os outros esqueci.

Mas enfim, essa adaptação ao rude e áspero mundo em que vivemos faz com que, por mecanismos de proteção mental (entrei agora no ramo da psicologia), nos protejamos do que é ruim, termo esse aqui empregado no sentido de “não bom” para a saúde mental. E buscando essa fuga da realidade cruel caímos em um sentimento de acomodação ao que nos faz mal, a tal ponto que fatos relevantes e exasperantes se tornam “fatinhos” quando não, em extremo, deixam até de “existir”.

E agora cheguei onde quero (ufa!).

Nós colorados sapiens ou nem tanto nos acomodamos ao MIG mal e fizemos isso de uma forma tão perfeita que tudo é quase irrelevante ou até mesmo motivo de alguma graça.

Exemplo 1: Entramos em um campeonato vindo da 2ª divisão e nele nosso objetivo é não voltar para a 2ª divisão. E isso justifica uma folha salarial de 8 milhões de reais/mês.

Exemplo 2: Contratamos volantes em penca, jogamos sempre com 3 desses na frente dos 4 zagueiros  para nos defendermos, e empatamos (glória, glória, aleluia) ou perdemos. Fazer golos, o objetivo do xogo, nem pensar.

Exemplo 3: Temos um suposto meia armador que rodopia, atrasa o jogo, reclama, briga, é suspenso, joga quando quer e raramente quer mesmo que esteja em campo, tem um drible que o consagrou e apenas um e pronto, que aparentemente não deixa que nenhum concorrente se aproxime do seu pedaço, mesmo sendo um velho para seguir jogando e pelo visto seguirá por mais uma década ao menos, pintando o cabelo para que os fios brancos não apareçam.

Exemplo 4: Nossos dirigentes saem do campo de futebol e entram na área jurídica, como acusados de fraudes e negam, negam, negam…

Seguiria todo o final de semana com exemplos de situações que poderiam originar stress mas, pelo mecanismo de acomodação, já os banalizamos de tal forma que pouco ou nenhum singelo arrepio origina.

Estamos anestesiados, olhando tudo pela ótica da banalização desses males. Hoje um, outro dia outro, e nada mais é importante, nem mesmo, sinto dizer, o time que agora é uma equipe banal.

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