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Apesar de já ser quinta-feira, ainda acho ser possível falar do último jogo do Colorado e, dessa forma, por aí inicio. Sei que muitos de nós torcedores sempre vemos os jogos com olhos diferentes, quer de compaixão ou de raiva. No meu caso, ao menos no jogo da segunda-feira, tentei afastar um pouco a emoção e com isso assim enxerguei o Inter: primeiro tempo parecia um amontoado de jogadores em campo, tipo da pelada de sábado, quando os amigos se encontram e formam o time na hora. Tanto que “achamos” o primeiro gol, embora deva tecer elogios à perspicácia do Lucca; segundo tempo melhoramos, o que tem sido uma tônica, e o resultado acabou por sair naturalmente, embora uma visível “morcegação” do jogo que quase deu um gol à Chapecoense.

Dito isso, concordo que a transição do time parece mais ágil sem a presença do D’Alessandro, mas ainda não me julgo preparado emocionalmente para sugerir que sua saída do time trará mesmo benefícios a longo prazo. O adversário era a Chapecoense e fiquei com a impressão de que ela veio, apenas e tão somente, passear em Porto Alegre.

Feitas as considerações acerca do último jogo, parto para o assunto que me proponho nesta semana, que é a chegada do novo executivo de futebol (ou o primeiro, a rigor).

Não acompanhei a apresentação do Rodrigo Caetano, hoje, pela amanhã, mas li a pouco algumas das suas perspectivas sobre esse novo desafio, que é o Internacional. Não sei se vai dar certo, já que nada na vida vem com certeza de sucesso, mas creio que é possível sim ser otimista, afinal, enfim parece que estamos dando um contorno profissional à administração do nosso futebol. Destaquei alguns tópicos, os quais seguem com minhas considerações:

– “Cuidaremos do D’Alessandro como o ídolo que ele é no Inter. O clube precisa cuidar de seus ídolos. Deve dar o carinho e a importância que eles têm.”. Primeiro ponto divergente do MIG, que se especializou em queimar aqueles que estão na história do Clube;

– “O clube precisa de ídolos. Trazendo de fora ou construindo um ídolo no clube. O Inter vai saber escolher os caminhos. Ambos ou o melhor deles. É fundamental ter o maior número de jogadores como referências, para impor respeito que um clube como o Inter necessita. O Inter pode ser melhorado sempre, mas não deve nada aos que hoje postulam o título.”. Referi tempos atrás por aqui que precisamos de jogadores com personalidade e só assim conseguiremos ganhar alguma coisa de novo. Parece simples, tal qual aponta o Caetano, menos para nossa direção, é claro.

Agradou-me, pois ele ainda repete na sequencia da coletiva:

– “É importante ter o maior número de jogadores com excelência, que consigam impor ao adversário o respeito que o Inter exige”. Começar o trabalho com esta diretriz é de grande valia;

– “Entendo que o Inter tem que voltar a ser protagonista como sempre foi em sua história. Colaborar, trabalhar na questão mental dos atletas. Todo o torcedor, eu tenho na família, muitos são colorados. Inclusive meu irmão, Luciano, de Santo Antônio da Patrulha, que é sócio, para que essa autoestima para que seja elevada, temos que passar essa mensagem para eles. E isso acontecem através das vitórias. Entender que é possível. Vai se transformar na contratação do Inter, que é ver o Beira-Rio lotado.”  Embora haja uma certa politicagem nessa parte do discurso, ao menos, é de coragem. De ‘cagalhão’ já estamos cheio. Chega desse discurso vitimista  de reconstrução e blá blá blá;

– “Tenho absoluta certeza que todos tiraram aprendizado que ninguém queria ter tido. De alguma forma, tem que servir de lição. Não é esse fato que apaga o tamanho do Inter. Tem grandes conquistas. É obvio que chegando agora, vou procurar amplificar esse discurso, sim. Isso deve ficar no passado. Apesar das dificuldades financeiras, estruturais, vamos tentar atacar para controlar isso. Tem que mirar as primeiras colocações, ser protagonista. Não é o fato dessa queda que vai invalidar toda essa história. […] O Inter vai fazer um grande campeonato brasileiro com a segurança de um clube gigante que é.”

Num dos primeiros textos aqui na minha história no BV, falei da necessidade de se criar um projeto vencedor e, então, executá-lo. Não sei se já está pronto o projeto, mas o executor parece que já temos. Encerro com uma afirmativa do Rodrigo Caetano que, endosso e exclamo:

“Estamos num dos maiores clubes do futebol brasileiro e mundial. É impossível não pensar em coisas grandes. É inadmissível.” Bingo!

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