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Depois de um carnaval passado no sofá, com uma fratura femorotibial, crio coragem para escrever sobre o jogo de sábado.

O Inter entrou tranquilo, o Caxias não oferece perigo, senão pelos erros cometidos, e mesmo assim, não é um time que assuste.

O Caxias fez um gol em um pênalti duvidoso, que agora é sempre lance interpretativo, como se o braço do jogador pudesse ser tirado do corpo. Antes disso, sequer havia entrado na área do Inter e teve um chute de fora da área bem defendido.

A tranquilidade do Inter era meio irritante, pouco procurava o gol e estava bem desarrumado do meio para frente, sem nenhuma articulação. Não entendo quem pense que Bruno Henrique possa articular jogadas, o cara é bom passador, mas orquestrar jogadas é diferente.

O mesmo com Carbonero, que até provoca um fuzuê pelo meio, mas é ponta, extrema, não tem a manha do passe pelo meio, ou da condução de bola pelo meio. E esse é o ponto em que não entendo Roger, que colocou Prado, que sempre jogou no meio, pelo lado, aberto, deixando Carbonero com a função de receber a bola.

Não funcionou, e não vai funcionar.

Ocorre que o Caxias é um time fraco, que veio descompromissado com o resultado adverso do primeiro jogo. Assim que o Inter colocou a bola no chão e começou a ver a movimentação dos atacantes, sofreu o pênalti, muito bem batido, e construiu o placar sem sobressaltos.

Como desconto para uma outra atuação sem brilho, as constantes lesões musculares justificam preservação para a final.

E, sim, estamos na final, depois de longos e tenebrosos anos, o Inter está na final do Gauchão, contra o rival que foi agraciado com a classificação pela arbitragem sempre muito ruim do Daronco.

Repetindo meu mantra, é muito ruim para ser só ruim.

O Inter tem mais futebol, mas carece de Alan Patrick e até Wesley, e não pode entrar na armadilha dos outros anos de achar que joga mais e está resolvido. Ou joga como se enfrentasse um time muito melhor, ou pode se complicar nos lances esporádicos.

Depois do jogo Barcelos deu uma entrevista que colocou o pingo nos “is” do campeonato desse ano, no timming perfeito para segurar o condicionamento da arbitragem promovido pelo lado de lá, endossado, apoiado e incentivado pela imprensa que reluta em se identificar.

Já digo de antemão que árbitro de fora, dependendo de quem for, é até pior. Sabemos quais os árbitros identificados com o time do Zveiter e esses são piores que os locais, seja no VAR, seja em campo, sempre se escondem na imparcialidade e do escudo FIFA.

Isso significa que o Inter precisará jogar bola, muita bola, para ser campeão, sem descuidar da pressão fora de campo, que tem a narrativa de não fazer pressão e não falar sobre arbitragem.

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