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Certa feita, era um sábado pela manhã, estava eu numa parada de ônibus na Scharlau em São Leopoldo; não recordo a razão nem qual era o meu destino final. Em determinado momento parou um VW Gol bolinha bordô, baixou o vidro e era o Itamar, pedreiro que já tinha me feito alguns reparos nos imóveis em que morei quando vivi no Vale dos Sinos. Mandou eu embarcar e entrei, afinal, já naquele tempo só andava de ônibus quem não detinha outra opção.

Mais pra frente um pouco ele parou num posto de combustível e pediu para colocar no tanque R$ 50. Quando deu o sinal da bomba ele soltou um desabafo que eu jamais esqueci: “o peão trabalha a semana para colocar 50 pila de gasolina e mal passa da metade do tanque…”. E pensar hoje em dia quem pede pra colocar cinquentinha na bomba passa é vergonha diante do frentista…

Em síntese, a verdade é que entra governo e sai governo e o povo é cada vez menos respeitado. Somos meros sobreviventes.

Respeito, aliás, que anda faltando (e muito!) para com o Sport Club Internacional como instituição. O ruralito mal começou e a “política orquestrada” de criação de caso, teorias da conspiração e sugestão de má fé da arbitragem para o fim de favorecer o Colorado tem sido reiterada. Seja por “abobados” que usam da terra sem lei da internet e do suposto “trabalho” jornalístico a favor do clube (falo dos tais ‘influencers‘ do lado de lá – obviamente); ou mesmo pior, eis que parece que até mesmo dirigentes do nosso arquirrival andam conjecturando ilações e leviandades através das mesmas ferramentas.

É preciso uma resposta institucional forte ou, brevemente, seremos meros sobreviventes.

Noutra banda, profissionais de imprensa de uma mesma agremiação, também, passaram a construir teorias de favorecimento ao Inter nas três primeiras partidas oficiais do ano, escancarando a parcialidade ausente que já vem escancarada há bastante tempo, porém, agora de maneira acintosa e irresponsável. Com a devida vênia para quem pensa o contrário, mas para este que vos escreve – guerra é guerra – e se não demos o primeiro tiro, não haveremos de nos furtar ao protagonismo dos próximos disparos.

Logo, é preciso uma resposta institucional forte ou, brevemente, seremos meros sobreviventes.

Observei que nosso atual Vice de Futebol tem encarado a situação de frente, porém, ainda é pouco ao contexto das circunstâncias. Parece que D’Alessandro também andou tirando satisfação. Entretanto, falta o Presidente. É preciso, antes de tudo, mostrar o tamanho e a importância da Clube, principalmente, diante de um já moribundo campeonato gaúcho que sequer premiação paga e, para piorar, ainda nos tirou o lateral direito titular para todo o resto da temporada. Não ganhar gauchão é ruim, reconheço, mas deixar de reconhecer que o campeonato hoje pouco soma aos interesses comerciais e econômicos do Clube, também seria um ato de preguiça em detrimento da realidade.

De qualquer sorte, mesmo em função das particularidades desportivas expostas nesta temporada é preciso ultrapassar, em todos os sentidos, esta tentativa despudorada de assegurar o octa campeonato ao rival, no grito, eis que nada me tira da cabeça que toda está celeuma é tão somente amparada e orquestrada para tal fim.

Portanto, é preciso ser campeão gaúcho em 2025 ou, brevemente, até mesmo na nossa pátria gaúcha seremos meros sobreviventes.

Em síntese: agora ganhar essa bosta de campeonato é pessoal. Assim como a necessidade de defendermos nosso Inter também deve ser. E de mãos dadas.

 

CURTAS          

– Professor Roger não deteve pudor em trocar três ainda no intervalo, mas, ainda assim o seu time não conseguiu apresentar um futebol, minimamente, razoável;

– Aliás, é de se reconhecer que a atuação do time Colorado foi sofrível;

– Quero, por Jesus Nosso Senhor, acreditar que o peso da camisa e a responsabilidade de ser titular estejam afetando o Café Aguirre. Todavia, pela amostragem até aqui, não tem bola para jogar no Internacional;

– O que em nada melhora quando a opção passa a ser o ‘repatriado’ Nathan. Logo, não temos um lateral direito titular no momento;

–  Ainda acho que nos falta um reserva para o Alan Patrick, bem como para o “jovem” Fernando;

– Um quarto zagueiro titular, então, nem se fala. Por sinal, promissor o guri Victor Gabriel, porém, o buraco da Libertadores é muito mais embaixo;

– Carbonero, camisa 7 do Colorado. Algo me diz que ainda vai nos dar muitas alegrias;

– Quanto à saída de Wanderson, visto o que foi dito aqui durante todo ano passado, parece-me bom para todo mundo;

– Não cabe à direção adentrar numa genérica guerra de narrativas. Mas, nem por isso tem que se manter silente: ou berra bem mais forte agora ou não pode chorar o leite derramado depois;

– A nós torcedores, divorciados de paixões políticas do Clube, também cabe defender a instituição, das tentativas levianas de nos transformar em meros coadjuvantes;

– Que primor o novo manto Colorado!

 

PERGUNTINHA

Vamos todos defender e enaltecer nosso Colorado?

 

Do Internacional ninguém vai ganhar no grito!

PACHECO

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