Until it Sleeps
Eu não sei vocês, mas eu gosto do sucesso. Não acredito que tenhamos de passar por desventuras para, aí sim, saber valorizar o que acontece de bom. Isso de glamourizar a dor, a desgraça, a doença, o fracasso ou qualquer sorte de percalço é coisa pra livro de autoajuda… e só! Não vale pra mim.
Merdas acontecem (adaptado do ditado em inglês “shit happens”). Basicamente, seja por uma lei de equilíbrio do universo ou, simplesmente, porque é assim que as coisas funcionam, ou seja, nem sempre tudo dá sempre certo por diversos fatores.
A minha principal rusga com o fato de acreditar em “caminhos tortuosos de Deus” pra tudo é de que isso serve, via de regra, para justificar nossas incompetências, preguiças e outras coisas filhas dessas duas desvirtudes.
Minha visão é a de que somos presunçosos demais pra achar que Deus tem a necessidade de nos pajear como se fossemos crianças. Ele tem coisa mais importante pra fazer do que isso, logo, 99% das consequências do que acontece na nossa vida são consequências de nossas próprias escolhas, atos e omissões.
Meu conceito é simples: não somos tão especiais assim.
Nisso tudo, meu medo é que nosso elenco, temente a Deus (ao Deus próprio umbigo), esteja acreditando que muitas consequências sejam coisas que Deus está fazendo na vida deles pra mostrar algo maior.
A parte do chefe da igreja “lograi-vos ao senhor” de olho em vossas receitas para cobrar o dízimo, acho que ninguém mais endossaria isso. Ou seja, irmãos, vocês são uns vagabundos que estão fazendo corpo mole, isso sim!
O mesmo grupo de pangarés (com exceção do Taison) foi capaz de marcar 73 pontos ano passado, perdeu apenas cinco (duas delas BEM roubadas) partidas e se sagrou vice-campeão do Campeonato Brasileiro fazendo a melhor campanha da história do clube na competição. Não acredito que tenham desaprendido a jogar futebol ou esquecido como se faz o que fizeram ano passado.
Não sei o que puxa o desempenho dos senhores jogadores para baixo esse ano. Mas por Deus e em nome do profissionalismo, peço que honrem o salário que recebem, que sai do bolso de milhões de colorados menos abastados que os senhores, uma vez que ainda recebem para fazer o que a maioria dos torcedores faria de graça (alguns até bem melhor do que alguns “profissionais”).
Nesse Grenal temos apenas dois problemas: um goleiro que aceita qualquer chute bem executado em direção ao gol e um atacante adversário que sabe chutar com qualidade ao gol. A parte disso, temos chances de sucesso no duelo Inter-grêmio de domingo (como diria o Gargamel charrua, nosso querido Fossati).
Frente a isso, senhores jogadores, direção técnica e demais envolvidos no embate: JOGUEM COM VONTADE DE VENCER E COMPROMETIMENTO, CARALHO!
Lembra a diferença entre o porco e a galinha, Mano Menezes? Pois então…