A Fria Matemática
Uma das coisas que tenho gostado de fazer ultimamente é ler sem pressa as crônicas do Pacheco, degustando de sua mistura de causos e coloradagem com seu ponto de vista ácido e sagaz que trazido pela sua experiência de vida.
Pelo histórico de avaliações de seus posts não sou o único frequentador que “garrou” esse hábito. Nada menos do que o merecido ao grande Pacheco. A propósito, eu concordo com cada um dos pontos levantados por ele ontem.
Porém, eu estou tão animado pra comentar o jogo do INTER quanto o time estava disposto a jogar o primeiro tempo.
Não coloco esse amargor no time. Imagino que seja o fato de eu estar a 20 dias sem beber nada de álcool. Meu último exame de sangue me induziu a essa decisão e em 07/maio usei meu aniversário como data para a despedida passageira do copo. Sem beber nada desde o dia 08/mao, definitivamente, conclui que acompanhar os jogos do Inter não é coisa pra gente sóbria.
E olha que beber e ver jogo do Intersão das poucas coisas que eu realmente gosto de fazer na vida, a saber: comer, dormir, sexo, beber cerveja e assistir aos jogos do INTER.
Trocar a cerveja por água mineral com gás (por causa da sensação tátil) me transformou de um quarentão bêbado, num homem hidratado… e rabugento! Tenho dormido melhor, estou perdendo peso… e estou achando tudo um saco! Mas vá lá, às vezes sacrifícios são necessários para o bem da saúde.
Quanto ao jogo, eu imaginava que iríamos vencer porque as odds das casas de apostas (odd é quanto elas pagam a aposta vencedora) eram absurdamente favoráveis ao INTER. Em certo momento da tarde alguns sites pagavam até R$ 86 por cada real apostado em vitória do 9 de Octubre. Cheguei a ver quase R$ 30 por cada real apostado no empate. Pra ter uma ideia, esses valores não chegam nem perto disso, muitas vezes são casas apõs a vírgula.
Nisso, pensei: ou o INTER quebra todas as casas de apostas ou o jogo vai ser suave. Ressabiado pelo retrospecto do Medina, ratificado pelo retrospecto do INTER em jogos que ele dependia apenas dele mesmo pra ter sucesso, coloquei R$ 5 em caso de vitória do time passeante, digo, visitante e mais “cincão” no empate. Não sou dado a apostas, mas essa era uma situação diferente… um homem algum vício é apenas um menino!
Via de regra eu não desconfio das casas de apostas por dois fatores, primeiro pelo motivo básico de que elas têm muito dinheiro e isso traz muito poder de influência, e, segundo, elas usam métodos estatísticos e de previsão de resultados bem robustos. MAS, todo mundo aqui conhece o INTER e eu não preciso me justificar. Minha lógica era “se fico brabo garanto um churrasco, se fico feliz gasto duas cervejas”, uma vez que a conversão de qualquer valor em número de garrafas, pints, canecos, latões, long necks ou coisa que os valha contendo cerveja… é a minha taxa de câmbio oficial.
O primeiro tempo foi tão PAVOROSO, que a casa de aposta que eu escolhi pra perder dinheiro estava me devolvendo mais dinheiro do que eu havia colocado para me proteger em caso de infortúnio. Vocês tem ideia disso? Era como se a corretora de seguros estivesse me devolvendo todo o valor que eu paguei de prêmio por um seguro e, ainda mais, me dando um bônus! Era como se estivesse com medo de pagar a indenização. Ou seja, o primeiro tempo do INTER foi um fiasco até mesmo matematicamente.
Eu tenho três regras que sigo à risca com o INTER:
Regra I: NUNCA desmerecer uma vitória do Spor Club Internacional.
Regra II: NUNCA idolatrar um jogador, especialmente quando esse estiver em atividade.
Regra III: não esquecer as regras I e II.
Parágrafo único: exceção a regra I faz-se a Falcão, Taffarel e Fernandão.
Por isso, encerramos por aqui o assunto.
PS: estou consternado! Eu falei semana retrasada do Jesse Koz e do seu cão, o Shurastey, eu os acompanhava fascinado pelo que eles estavam fazendo! Daí vem a vida nessa semana e nos lembra como ela é… uma pena e uma grande perda. Eu não poderia deixar de homenageá-los. Que Deus os tenha e que descansem em paz. Meus sentimentos aos amigos e familiares.