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Advogado do diabo é um dos meus filmes favoritos. Ele está longe de ser um blockbuster. Não acredito que ele ter cenas de nudez feminina, incluindo algumas com a Charlize Theron como veio ao mundo, possa ter inluenciado esse meu apreço! Longe disso (ou não), o fato é que, diferente do comum, como vocês devem ter percebido em muitos dos meus posts, eu estou constantemente desafiando o meu sistema de crenças e confirmações.

Não estou falando isso num sentido dogmático, como toda aquela gente que vocifera sobre alguma religião, da qual deduz-se que estão todas certas ou todas erradas, ao passo que nos sentenciam a passar o resto da eternidade no inferno porque não se pode nesse mundo ter mais de uma religião, para poder pertencer a todas e, assim, poder escapar do martírio eterno que elas proporcionam aos infiéis e pecadores.

Ou aquela outro tipo de pessoa que fala de suas convicções com certeza tão inabalável que qualquer coisa que lhe coloque a menor dúvida é sentenciada ou como burrice ou como irrelevante ou, o mais comum, os dois casos.

Por exemplo, do tanto que eu gosto de cachorro, inversamente proporcional é o quanto eu desgosto de fusca, fuca… ou qualquer coisa que o valha. Acho um kart piorado com carenagem. Mesmo eu fazendo toda uma ginástica mental de que ele é o pai de um dos meus carros favoritos (o Porsche),  não rola afinidade.

Porém, hoje um cara me provou que pode ser foda e fazer coisas incríveis mesmo a bordo de um Fusca: ele está atravessando a américa a bordo de um besouro encouraçado e na companhia de um magnifico golden retriever (o centroavante goleador em simpatia dos cachorros).

 

O Cusco, o Fusca e… Nova York! (Clique!)

 

Assim, pensando de uma maneira simples e até mesmo ingênua, questiono se vocês já questionaram: e se eu estiver errado? E se o que estão me dizendo não é bem o que está sendo dito?

Reza a lenda que corre à boca pequena de que, na época da contratação do Yuri Alberto (saudades de um bom centroavante, inclusive!), que a grande dúvida era se o investimento deveria ser feito nele ou no Vagner Love.

Sem querer ser anti-amor, mas P-U-T-A Q-U-E P-A-R-I-U, será que ninguém percebe que a maioria está refém de suas próprias convicções. Em finanças comportamentais isso é conhecido como viés de confirmação (originalmente confirmation bias – mais informações aqui ). Isso é aquela tendência de pegar apenas informações que confirmem nosso ponto de vista. Por exemplo, todo mundo lembra de algum jogador que foi cracaço! Mas que chegou aqui com sobrepeso, “sobreidade”, “sobrelesões” e/ou rico demais pra ter ambições mais humildes e vontade de vencer.

É preciso quebrar paradigmas. Quando digo isso não é pra fazer terra arrasada e passar só a acreditar no que seja novidade. Longe disso, pois considero idiotice.

Me refiro, sim, a quebrar os próprios paradigmas e vieses pra que seja feita uma análise mais certeira pois isso mantém afirmado por fatos e não sentimentos as boas escolhas. Além disso, passamos a pontuar quando e porquê acertamos. 

O contrário disso é jogar tudo pra cima e fazer as coisas de qualquer jeito. Ir apenas reagindo aos fatos sem nenhuma estratégia. Esse é o grande erro das últimas gestões. O que precisamos é ter métodos e critérios claros para que qualquer um possa seguir e manter a identidade do clube. Moldar uma identidade, a “forma do INTER jogar”, e, a partir disso, fazer as escolhas técnicas e esportivas baseada em critérios sérios, não fazer mais as escolhas principalmente baseadas na suposição de que pode dar certo. Afinal, a disciplina sempre vence a boa vontade.

 

 

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