4.9
(7)

Foi um jogo equilibrado até o evento pênalti e expulsão, e até acho que o Inter seria beneficiado com a pressão do Palmeiras e seu desespero pela busca da vitória.

Já tinha sido, mas Taison desperdiçou dois contra-ataques perdendo a distância da bola, compreensível em gramado sintético.

O início foi de um jogo estranho entre duas equipes que gostam mais do contragolpe do que da armação de jogadas. Mais aberto do que esperado, esbarrando na dificuldade dos dois times de construir algum tipo de pressão ou jogadas contra defesas bem armadas. O Palmeiras teve bola no poste, o Inter alguns arremates, mas menos perigo por conta de decisões erradas no passe e movimentação.

Embora um primeiro tempo movimentado, um bom jogo, não foi de encher os olhos na parte técnica ou tática.

Tirando a atuação da arbitragem, que buscava a bola parada para o Palmeiras, houve enfrentamento bem parelho, que poderia ser diferente, pois, tenho certeza, que se fosse o Rodinei contra o Flamengo, Felipe Melo teria sido expulso com cartão direto naquela falta no Patrick.

Aí veio o segundo tempo e um pênalti bem marcado, seguido da estúpida expulsão do Edenílson.

Tenho dificuldades em entender a pressão no árbitro em lances de penalidade. Obrigatoriamente será revisado pelo VAR, que, ultimamente, tem a decisão final após o comentarista de arbitragem da Rede Globo expor sua opinião, com poucas exceções que confirmam a regra.

E, segundo as regras atuais, foi pênalti; aquele braço do Cuesta não era para estar ali.

O destempero de Edenílson, que causou reação imediata no árbitro sabidamente gremista, é que não tem explicação.

A partir daí, o jogo seguiu igual, com o placar favorável ao Palmeiras, que não conseguia pressionar o Inter, fosse pelos lados, fosse pelo meio. Maurício recompôs uma linha de 4 com mais fôlego, e Yuri, com Moisés, tentavam alguma coisa na frente, segurando o ímpeto do Palmeiras, que parecia querer que o jogo terminasse logo depois do gol.

Mesmo com um a menos, o Inter seguiu seu jogo de controle do adversário e escapadas em velocidade, mas um jogador faz muita diferença contra times bem posicionados na defesa e com vantagem no placar.

Mercado foi bem seguro, Johnny bem mais participativo que Lindoso, alternando com Dourado, e Moisés, apesar de uma ou duas falhas defensivas, é outro jogador em relação ao cavalo cansado de semanas atrás. Maurício segue em ascensão e Palácios muito aos poucos vai se encontrando quando ingressa. Zé Gabriel, voltando a ser volante, apareceu bem no jogo, mostrando que Lindoso é sim dispensável.

Patinamos em um jogo que poderíamos ter ganho ou empatado, já que o Palmeiras vinha de uma série de maus resultados e nervoso em busca da recuperação, mesmo com a cabeça na final da Libertadores, mas não foi um jogo de desempenho ruim, individual ou coletivo, exceto pela expulsão.

Ainda tenho dúvidas se quero a permanência de Aguirre para 2022, mas é certo que sua saída para a seleção, neste momento, não seria proveitosa para nenhum dos lados, de modo que é uma boa notícia a seleção Uruguaia ter postergado a decisão para dezembro.

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