4.9
(20)

Se é uma coisa que não vai faltar com a chegada de Aguirre e Paixão é trabalho.

O jogo de ontem mostrou que ambos terão muito, mas muito mesmo, trabalho pela frente.

Também mostrou que Loss não tem nenhum motivo para seguir no clube, e talvez esteja ainda apenas para não pagar rescisões.

O que vimos ontem não era propriamente um time, mas um amontoado de jogadores sem nenhum tipo de coordenação, organização, vontade ou aptidão para jogar algo coletivo.

Daniel foi mal nas reposições de bola, que nunca errava e tomava boas decisões. Heitor foi um fiasco do início ao fim, com e sem a bola. Lucas fez sentir saudades de Zé e Cuesta talvez seja o único que tenha se salvado no quesito técnico. Léo deixou claro que, se está com o passe fixado em 4 mi de Euros, será um grande negócio.

Lindoso sequer deveria estar em campo, e no clube, juntando-se a Patrick e Edenilson, formando provavelmente quem tem escalado o time, foi desastroso desse o primeiro minuto. Galhardo e Yuri até lutaram, mas sucumbiram ante um time mal arrumado. Lucas Ramos foi fritado, jogado aos leões inoperantes, mostrando que o clube segue tratando mal a transição para o profissional.

O Inter jogou como um time somente após o ingresso de Maurício e Caio Vidal, que levaram, pelo menos, vergonha aos que estavam em campo. A partir daí, jogamos de forma minimamente organizada.

Se com Ramirez havia uma ideia clara de jogo, com posse de bola e tentativa de movimentação, sendo que as peças eram orientadas a fazer determinadas funções, ontem sequer isso era visível. Não era possível identificar um esquema de jogo, ou uma proposta de modelo. Não tinha saída de bola, linhas baixas ou altas, aliás, nem linhas, e uma desorganização no ataque.

Há um contra-ataque, depois de uma falta mal cobrada do Ceará, em que creio, eram 4 contra dois, todos amontoados pelo meio, e nenhum resultado. Galhardo também perde a chance novamente em presente do adversário, mostrando que é inteligente, mas chute não está em suas aptidões.

Enfim, uma apresentação desastrosa, que de bom somente teve o ingresso de Vinícius Mello. Caio foi afoito em duas oportunidades, mostrando um time nervoso desde a base.

Mas o problema não deveria ser desorganização tática, Loss não é um neófito que não conhece esquemas, pelo contrário, seu 4141 da Copa Audi era muito bem montado e organizado, o que mostra que ele não deve apitar nada no vestiário, e não tem motivos para seguir no clube sem a coragem necessária. Lindoso em campo com Dourado e Jonnhy no banco, Maurício no banco, tudo mostra que se recusou a interferir nos donos do vestiário.

Aí talvez entre Paixão, grande sacada para calar as bobagens sobre preparação física, mas, principalmente, para tomar conta do vestiário com a autoridade da idade e dos títulos da carreira. Paixão, o faxineiro, pois é o que precisamos.

A boa notícia para Aguirre é que o time deve reagir a qualquer mínima organização, qualquer atitude no sentido de jogar com linhas definidas será um avanço imenso em relação aos últimos jogos, e vai poder dizer que melhorou.

Pelo que disse Paulo Bracks na semana passada, a janela deve proporcionar mudanças, e o anúncio do treinador (depois de incontáveis mentiras divulgadas como notícias) já veio com a informação de que jogadores serão vendidos. Mais que vendas, o Inter precisa de substituições, precisa se livrar de jogadores que somente prejudicam o clube e o time.

Uma menção importante é para Patrick, de contrato renovado, espero que apenas para alinhavar uma futura negociação, pois o desempenho pífio, ridículo e afrontoso desse jogador, nos dois últimos jogos, justificaria qualquer coisa, menos permanecer no clube.

Enfim, Aguirre terá muito trabalho pela frente, em campo e fora dele. Esperamos, todos, que a direção, dessa vez, faça sua parte.

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